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1ª paciente com Coronavírus do Tocantins recebe alta: “Posso dizer que estou curada”

Após 14 dias de isolamento, a primeira paciente confirmada com Covid-19 no Tocantins, a advogada Kellen Pedreira, 44 anos,  recebeu alta nesta quinta-feira (26). “Hoje não sinto nada e posso dizer que estou curada”. comemora.

A advogada foi infectada após viagem a Fortaleza (CE), no dia último 4 de março, e lá permaneceu até o dia 7 onde participou de um congresso de mulheres advogadas. Inicialmente ela não apresentou sintomas, mas alguns dias dois começou a sentir dores fortes pelo corpo, dor de cabeça e calafrios.

Kellen é natural de Porto Nacional, mas reside em Palmas. Ela disse que ao conversar com a irmã, Marina Pedreira, que é médica, recebeu a orientação para se isolar pois o quadro era sugestivo de várias doenças como gripe, dengue, chikungunya e coronavírus.

“Minha irmã orientou que eu deveria me isolar inclusive da minha família, pois meu pai (Baylon Pedreira) é idoso e não poderia ter contato comigo. Este isolamento foi fundamental, pois depois meu marido e meu filho testaram também com resultado negativo”, conta.

A advogada conta ainda que durante todo o período de isolamento, lavou os próprios pratos e talheres e montou praticamente uma cozinha dentro do quarto. Não devolveu o lixo produzido e aguardou o resultado.

“Do dia 12 ao dia 18 perdi o olfato, que é bem comum, e tive pneumonia”, conta ela. Ela disse ainda que ficou mole, como uma pessoa gripada, mas não teve tosse.

Acompanhamento

A advogada conta que três profissionais médicos acompanharam o tratamento. “Minha irmã Mariana foi a primeira a me ouvir e me aconselhar. Me tratei com o doutor Ricardo Peres e meu sobrinho, doutor Ronan também acompanhou meu caso”, revela.

Isolamento

Kellen relembra que desde o dia 12, seu quarto foi totalmente fechado. “Meu quarto virou cozinha, virou tudo. Meu marido passou a dormir na sala esse tempo todo. E aqui dentro do meu quarto tem uma janela de um escritório, paralelo.

Ela relata que recebia comida pela janela e tudo que recebia não era devolvido. “Eu lavava tudo no banheiro, jogava o lixo num saco e deixei o lixo dentro do quarto. Hoje que embalei tudo em outra embalagem e jogamos tudo fora”, conta.

A advogada conta que a filha de 11 anos ficou bem abalada com o quadro dela. “Todo dia eu fazia um face Time (Aplicativo para chamada de vídeos). Não deixei que ninguém tivesse contato comigo desde o dia 12. Tanto é que meus filhos (são dois) e meu marido testaram negativo”.

Estado emocional e psicológico

Durante todo o tratamento, a advogada conta que o pior momento foi quando recebeu o resultado positivo para a Covid-19, já no sétimo dia do isolamento. “Me abalou muito, o emocional e o psicológico. Neste dia aumentaram as dores no peito e fiz a tomografia, por que o raio-x não mostra”, relata.

A tomografia acusou a pneumonia, e o médico entrou com antibiótico e novalgina. Com dois dias de medicação, Kellen Pedreira começou a reagir.

“Graças a Deus ontem eu tive alta. Fiz meu exame de sangue, deu ok, tudo perfeitinho e eu já estou de alta. Eu não preciso de reteste, pois segundo o Ministério da Saúde, a reação depois de 15 dias, dependendo de como o paciente está não precisa, mas eu fiz.

O resultado do reteste ainda não saiu, mas o quadro clínico demonstra que Kellen venceu o coronavírus.

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