Equipe Gazeta do Cerrado
O pai do ex-governador do Tocantins, José Edmar Brito Miranda, deixou a prisão nesta sexta-feira, 27, após pagar fiança de 200 salários mínimos. Ele estava detido em uma cela do Comando-Geral da Polícia Militar em Palmas.
Segundo a Justiça Federal, a soltura de José Edmar aconteceu no início desta tarde.
O valor pago para que ele pudesse sair da prisão foi estipulado pelo juiz federal João Paulo Abe. Marcelo Miranda, o pai José Edmar Brito Miranda e o irmão do ex-governador, Brito Júnior foram presos pela Polícia Federal.
Conforme o Ministério Público Federal (MPF), eles são investigados pela suspeita de terem desviado R$ 300 milhões e participarem de uma organização criminosa.
Entenda o caso
A Polícia Federal prendeu preventivamente, nesta quinta-feira (26), o ex-governador de Tocantins Marcelo Miranda (MDB), seu pai, José Edmar Brito Miranda, e seu irmão, Brito Miranda Júnior. Eles são suspeitos de integrar uma organização criminosa que teria causado prejuízo de R$ 300 milhões aos cofres públicos. Entre os crimes investigados estão corrupção, fraude em licitações e desvio de recursos públicos.
Miranda estava em Brasília, no apartamento funcional da mulher, a deputada Dulce Miranda (MDB). Ela não é investigada. Brito, que tem 85 anos, foi preso em Palmas, onde a PF também cumpre um mandado de busca e apreensão na casa do ex-governador. Brito Miranda Júnior estava em Santana do Araguaia (PA). As medidas foram autorizadas pela 4ª Vara Federal de Palmas.
A defesa da família informou que “a princípio não há fatos que justifiquem o pedido de prisão”, mas vai se posicionar somente após ter acesso à decisão.
Esta é a segunda ação da PF nesta semana para investigar Marcelo Miranda. Na quarta-feira (25), durante a operação Carotenóides, a polícia prendeu um casal suspeito de ser laranja do ex-governador para o registro de veículos e imóveis.