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2º Censo de Games aponta crescimento do mercado de jogos brasileiro

2º Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais indicou crescimento do mercado de jogos eletrônicos brasileiros em todas as regiões do país. De 2014 a 2018, o número de empresas desenvolvedoras passou de 142 para 375, um aumento de 164%. Apesar de as empresas ainda se concentraram no Sul e Sudeste, as regiões Norte e Centro-Oeste foram as que apresentaram o maior crescimento proporcional de novos empreendimentos nos últimos quatro anos. Realizado pela empresa Homo Ludens, o estudo é uma iniciativa da Secretaria da Economia Criativa do Ministério da Cultura (MinC).
Segundo a pesquisa, 1.718 jogos foram produzidos no Brasil entre 2016 e 2017, com um crescimento de 28% de um ano para o outro. A maioria dos games (59,2%) foi desenvolvida para dispositivos móveis, como celulares. Outra plataforma popular é o computador, com 51,3% dos jogos publicados também nesse ambiente. As plataformas de realidade virtual e navegadores de internet correspondem a 18% dos títulos e os consoles de videogame, a 14,9%. Os games de entretenimento representam 71,6% do total, sendo 28,4% classificados como serious games, voltados a treinamentos corporativos, educação e saúde.
“Este levantamento é fundamental para que tenhamos uma compreensão maior do mercado de games no Brasil. Isso nos permitirá desenvolver políticas de fomento e apoio voltadas às necessidades deste setor, que tem um imenso potencial de crescimento”, analisa o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão.

Mercado

Em 2014, de acordo com o I Censo, 21,6% das empresas faturavam entre R$ 240 mil e R$ 2,4 milhões e 4% das empresas faturavam entre R$ 2,4 milhões e R$ 16 milhões. No levantamento deste ano, 15,4% empresas declararam faturar entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões e 4,1% faturam acima de R$ 3,6 milhões. A maioria das desenvolvedoras, 61,7%, mantém rendimentos até a faixa de R$ 81 mil e possuem de um a cinco colaboradores (37,8%) ou de 6 a 10 (31,3%).
Outro dado apontado pelo censo diz respeito à origem das empresas de desenvolvimento de jogos digitais. Em 34,6% dos casos, os estúdios foram criados depois de identificada uma oportunidade de negócio.  Já 32,9% iniciaram a partir de colegas de trabalho de uma mesma empresa ou informalmente. E 32,5% começaram a partir de um projeto de jogo específico.

Representatividade

Embora outros levantamentos, como a Pesquisa Game Brasil 2018, apontem que as mulheres são maioria entre os jogadores, o mercado de desenvolvimento de jogos ainda é um território predominantemente masculino. São 2.166 homens, frente a 565 mulheres, que estão concentradas principalmente em atividades como Marketing, Vendas, Administrativo e Financeiro. Dos 2.731 trabalhadores da indústria, apenas 273 são negros, 24 são indígenas, 12 são pessoas trans e 25, estrangeiros.
“Considerando que o mercado de games é um dos que mais cresce no Brasil nos últimos anos, a pesquisa traz contribuição importante para que seja possível entender melhor essa indústria e procurar trabalhar em políticas públicas que auxiliem ainda mais seu desenvolvimento”, avalia o secretário da Economia da Cultura, Douglas Capela.
Fonte: Ministério da Cultura
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