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2º turno: Campanhas traçam estratégias para ganhar o terreno virtual e travam “batalha de milhões”

Lula e Bolsonaro - Foto: Fábio Vieira e Igo Estrela

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) acirram a corrida pelo Planalto no terreno virtual na última semana de campanha no segundo turno das eleições. Os brasileiros voltam às urnas no domingo (30).

Os perfis oficiais de Lula e Bolsonaro nas redes sociais são canhões de comunicação e ganharam ainda mais relevância durante as eleições deste ano. Desde o início das campanhas em 16 de agosto até domingo (23), o petista acumulou 4,5 milhões de novos seguidores; e o presidente, 5,1 milhões — somando números do Facebook, Instagram e Twitter.

Tanto o ex-presidente como o mandatário figuram entre os políticos com mais seguidores em todo o planeta. Lula tem 19,3 milhões somando as três redes; Bolsonaro acumula 48,2 milhões.

As estratégias de campanha não se resumem, contudo, ao engajamento orgânico das contas oficiais dos presidenciáveis. As estratégias dos presidenciáveis abarcam ações coordenadas de influenciadores digitais e impulsionamentos de conteúdos.

A conquista de seguidores nas redes

Em relação ao alcance orgânico de contas oficiais, Bolsonaro sai na frente de seu competidor pelo Planalto. O presidente tem mais que o dobro dos seguidores de Lula.

Seguidores de Lula

Seguidores Bolsonaro

Desde o pleito de 2018, Bolsonaro tem nas redes sociais fortes canais de comunicação com apoiadores. No primeiro turno de quatro anos atrás, ele tinha oito segundos de propaganda no horário eleitoral gratuito de rádio e TV. Portanto, a internet foi protagonista de sua campanha naquele momento.

O atual presidente é também o quarto mandatário com mais seguidores de todo o mundo. Ele fica atrás apenas de Narendra Modi (201,2 milhões), primeiro-ministro da Índia; Joko Widodo (77,5 milhões), presidente da Indonésia; e Joe Biden (64,7 milhões), presidente dos Estados Unidos. Os números levam em consideração as três redes sociais listadas anteriormente.

O candidato à reeleição fica na frente de líderes populares nas redes sociais como Volodymyr Zelensky (26,6 milhões), presidente da Ucrânia; e Recep Tayyip Erdoğan (39,5 milhões), presidente da Turquia. A mandatária com mais seguidores é a rainha Rania (34,3 milhões), da Jordânia.

Apoiadores e impulsionamentos

Lula e Bolsonaro contam com outros perfis influentes na corrida pelo engajamento do ambiente digital. As campanhas de ambos tiveram compromissos nas últimas semanas com equipes de comunicadores para a reta final das eleições.

No último dia 18, Lula se reuniu com comunicadores em evento online para alinhamento estratégico. Entre os presentes estava o deputado federal André Janones (Avante), que tem mais de 7 milhões de seguidores no Facebook, seu principal canal.

O petista ainda conta com figuras que não fazem parte do núcleo central da campanha, mas dão suporte a sua candidatura. É o caso de Felipe Neto, que tem 15 milhões de seguidores no Twitter e 16 milhões no Instagram.

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