Ícone do site Gazeta do Cerrado

Para não faltar Mel, apicultores oferecem alimentação complementar às abelhas

Manejo correto é orientado pela Seagro e o Ruraltins

O período de estiagem no Tocantins e a escassez da florada, estão influenciando diretamente na vitalidade das colmeias e ocasionando a diminuição da produção de mel no Estado. Nesse contexto, as tendência é que as abelhas diminuam os enxames, e em alguns casos, abandonem as colmeias em busca de alimentos. Para amenizar os efeitos da escassez de alimentos é necessário ofertar uma alimentação complementar às abelhas, o que é fundamental para manter os enxames saudáveis.

De acordo com o zooctecnista e gerente de Pecuária da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), Marcos Cione, para suprir a deficiência nutricional das abelhas, neste período da pouca oferta de alimento, pode ser incluído na dieta um complemento energético, proteico ou energético-proteico. “O alimento a ser ofertado vai depender das condições do apicultor”, explica.

O zootecnista afirma que não existe uma época determinada para fornecer alimentação complementar para as colônias, essa decisão varia de acordo com a região e o objetivo da criação, entre outros fatores. “As abelhas devem ser alimentadas tão logo seja identificado o enfraquecimento das mesmas”, orienta.

Marcos Cione diz que, além da escassez das floradas, existem outras ocasiões em que há necessidade de fornecer alimentação artificial para as colônias e frisa a importância do apicultor saiber realizar bem todas as etapas do manejo. “Durante o florescimento de plantas tóxicas, com objetivo de desviá-las dessa fonte de alimentos; em serviços de polinização de algumas culturas, para produção de rainhas, entre outras atividades apícolas”, enumera.

Palmas

O casal de apicultores, João Gabriel de Araújo e Rita Alice de Araújo, mantêm 28 caixas com abelhas italianas da Chácara Boa Vista, no Projeto de Assentamento Entre Rios, em Palmas. Rita Alice conta que nesse período de menor oferta de alimentos, eles incluem a alimentação artificial, um xarope feito com sobra de mel e açúcar para evitar o enfraquecimento das abelhas. “Esse ano, devido à falta da florada rasteira, as abelhas diminuíram. Muitos vizinhos reclamaram do sumiço das abelhas de suas colmeias. As nossas também diminuíram e só não foi pior porque seguimos o manejo correto, oferecendo a alimentação complementar”, afirmou.

A Seagro e Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado Tocantins (Ruraltins) disponibilizam, através de seus técnicos, orientações para  os apicultores que necessitarem de esclarecimento sobre a prática do bom manejo.

Fonte: Ascom Seagro

Sair da versão mobile