Ícone do site Gazeta do Cerrado

500 mil pessoas vivem com HIV na América Latina e não sabem, diz Opas

Divulgação

A Organização Pan-americana da Saúde (Opas) informou hoje (30) em
Washington (Estados Unidos) que cerca de 500 mil pessoas tem o vírus HIV na
América Latina e no Caribe e não sabem.

“Know your status” (“Saiba seu status”, em tradução livre) é o slogan da campanha
do Dia Mundial de Combate à Aids deste ano e que há 30 anos é lembrado todo
1º de dezembro.

De acordo com a organização, mais de 2,1 milhões de pessoas
vivem com o HIV na região, sendo que apenas 1,6 milhão sabe que é portadora
do vírus. Segundo a Opas, o teste para detectar é fundamental para proteger
casais, evitar novas infecções e permitir que aquelas pessoas que foram
diagnosticadas com o vírus iniciem rapidamente o tratamento que salva vidas.

Graças à disseminação dos exames e a um maior acesso ao tratamento, entre
2010 e 2017, as mortes relacionadas à Aids caíram 12% na América Latina e 23%
no Caribe, conforme um comunicado da instituição. Apesar dos avanços, a taxa
de novas infecções na América Latina se mantém em cerca de 100 mil por ano,
com uma redução de apenas 1% desde 2010.

O progresso no Caribe foi muito mais rápido, com diminuição de 18% nas novas infecções. Mesmo assim, em toda a região os grupos de maior risco continuam ficando fora dos serviços vitais de prevenção e acompanhamento.

“O Dia Mundial de Combate à Aids nos lembra que, apesar desses ganhos, uma
em cada quatro pessoas com HIV na região ainda não conhece seu diganóstico,
não começou o tratamento e, portanto, corre maior risco de morrer
prematuramente e infectar outras pessoas”, disse o diretor do Departamento de
Doenças Transmissíveis da Opas, Marcos Espinal, em comunicado.

Conforme dados da instituição, 41% dos novos casos da América Latina e 23%
dos novos casos do Caribe ocorrem com gays e homens que fazem sexo com
homens.

Prossionais do sexo e seus clientes, mulheres trans e pessoas que
fazem uso de drogas injetáveis também estão entre os grupos de maior
incidência da Aids.

“Precisamos abordar barreiras, como o estigma e a discriminação, que impedem
que populações-chave tenham acesso aos testes e aos tratamento e consigam
exercer plenamente o seu direito à saúde”, concluiu o diretor.

Fonte: Agência EFE via Agência Brasil

Sair da versão mobile