Foto – Delfino Miranda/Divulgação
Sistemas Agrícolas Regenerativos com práticas baseadas na Natureza foi o tema da 7ª edição do Seminário Estadual de Agroecologia realizado nesta quinta-feira,25. Promovido pela parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) e o Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra), o evento teve como finalidade dar maior visibilidade às ações em agroecologia desenvolvidas no Tocantins; bem como articular estratégias de atuação entre as diferentes entidades que trabalham com esse sistema produtivo.
Voltado para técnicos, estudantes, professores, pesquisadores, agricultores e demais pessoas interessadas na temática, o evento contou com palestras sobre o Manejo Integrado do Fogo, Restauração Ambiental pelo uso, e oficinas práticas sobre compostagem, construção de caixas para produção de abelha sem ferrão; produção de adubo orgânico e ainda a exposição e comercialização de produtos agroecológicos.
Para o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Naturatins, Warley Rodrigues, “o sistema de Manejo do Fogo contribui para a cultura Agroflorestal, a partir do princípio que ele pode isolar essas áreas. E o manejo integrado do fogo trabalha com a prevenção contra incêndio, nesses sistemas florestais eles não podem ser atacados por incêndio e essa é a técnica, onde a gente queima por fora desse sistema agro florestais para que eles sejam protegidos. Então dessa forma o manejo do fogo pode ser aplicado para proteger o sistema agro florestais”.
O educador ambiental e coordenador técnico da Agroflorestando ao Pé da Planta, Namastê Agroflorestal, trouxe as experiências da Coopera Floresta, onde 110 famílias vivem da produção de sistemas Agroflorestais. Segundo ele, são 300 há de roças Agroflorestais no Vale do Ribeira, entre os estados de São Paulo e Paraná.
Coopera floresta é uma corporativa de pequenos agricultores que trabalham com a floresta há 28 anos, agricultores que faziam roça de derruba e queima e hoje praticam agro floresta em seus territórios.
“Eles vivem da produção, isso fez ‘com que aumentassem bastante a renda deles, com estudo de análise econômica que mostra um pouco desse aumento, mas não só isso, tem também os serviços ambientais, sequestro de carbono, biodiversidade, água, e tudo isso vem de carona a um processo produtivo que a gente chama de restauração pelo uso”, destacou o educador, reforçando a necessidade de se voltar a fazer uma cultura que interaja com os processos naturais.
Ainda na programação teve uma mesa redonda sobre Agroecologia vivenciada na prática; caminhada guiada em unidade de agroecologia e oficinas de Compostagem Laminar Enriquecida, com a professora doutora Michele Ribeiro Ramos; divisão de enxames de abelha sem ferrão, com o extensionista Wandro Cruz Gomes; Adubo Orgânico Bokashi, com professor Juliano Milhomem Ribeiro; e Preparo e uso do E. M. (Microrganismos Eficientes).
Abertura
O seminário iniciou com a animada apresentação da Orquestra Sanfônica da Escola Beatriz Rodrigues da Silva; e dos pronunciamentos das autoridades.
O gestor do Ruraltins, Washington Ayres, destacou a importância do evento para promover o diálogo sobre Agroecologia e reforçou o comprometimento do órgão em firmar parceria com Instituições tão empenhadas em promover uma agricultura sustentável.
O reitor da Ulbra Marcelo Müller também falou sobre essa parceria: “entendemos que é uma cadeia muito importante de sustentação e apoio a produção Agroecológica, e esse é um trabalho feito a várias mãos, e quando todos estão unidos o resultado é atingido”.
Também prestigiaram o evento o procurador de Justiça na Ministério Público do Estado do Tocantins, José Maria Silva Junior; e o diretor de Agroecologia, Tecnologias Sociais e Biodiversidade, Fernando Garcia.
Fonte – Ascom Ruraltins