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A COLETIVA EM 12 FALAS: Cínthia defende política integrada de isolamento e pondera: “Quando vira a artilharia para a prefeita acerta todos os palmenses”

Prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro em coletiva de imprensa – Foto: Prefeitura de Palmas

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A Prefeitura de Palmas publicou um novo decreto na noite dessa quarta-feira, 03, suspendendo as atividades e os serviços não essenciais, para ampliar as restrições de mobilidade urbana, na tentativa de minimizar a circulação do coronavírus e reduzir o ritmo de contágio e de internações na Capital. A medida começa a valer a partir deste sábado, 06, até o dia 16 de março.

A prefeita de Palmas, Cínthia Ribeiro fez várias considerações na coletiva realizada na manhã desta quinta-feira, 4. Ela afirmou que é preciso de colaboração de todos.
Ela citou que pelo menos 22 capitais estão em situação delicada.

Cínthia afirmou se é lockdown ou não ela focou na busca da efetividade da medida do que no termo: “foi necessário tomar essa medida maior deixando apenas os serviços essenciais”, comentou.

“Próximo passo seria um lockdown total”, disse.

“O cenário nos pede o reforço da necessidade de não haver circulação de pessoas”, disse. “Podemos abrir 100 mil leitos e vamos ocupar os 100 mil leitos se a sociedade continuar se comportando assim”, disse.

Ela citou que ano passado foram 21% do orçamento investido na saúde e que Palmas recebe pessoas de todo estado.

Cínthia defendeu a integração das cidades vizinhas para que endureçam também as medidas e assim o resultado ser mais efetivo. “É necessário uma força conjunta”, disse.

“Hoje Palmas tem 87 leitos clínicos”, comentou. Ela anunciou a contratação de mais 10 leitos de UTIs.

“Quando vira a artilharia para a perfeita de Palmas acerta todos os palmenses”, chegou a dizer.

Prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro em coletiva de imprensa – Foto: Prefeitura de Palmas

Perguntas

Sobre a fiscalização do decreto que limita a ocupação no transporte público ela disse que a gestão está atuando no monitoramento. A concessionária recebe multas diárias sobre isso”, disse.

Sobre a suspensão das provas do concurso da Polícia Militar ela disse que ficou acertado com o Comando Geral um adiamento das provas. “ficou definido que eles vão publicar a prorrogação do concurso para o dia 4 de abril”, disse.

“Todo e qualquer concurso vai ter que se reprogramar “, afirmou.

Cínthia comentou ainda sobre a compra de vacinas e disse que até dia 22 o consórcio será formalizado.

Sobre a articulação de uma política integrada de isolamento ela afirmou: “não faltou da parte do município procurar ajuda e meu sentimento não é diferente de outros prefeitos… no Rio Grande do Sul você vê o governador assumindo a frente de tudo e trazendo para si a responsabilidade. Com certeza as ações seriam mais eficientes se tivessem sido elaboradas junto. Falta de realmente de coragem de sentar e elencar todas as prorrogativas”, disse.

Ela criticou o que chamou de negacionismo na esfera federal. “É humanamente os prefeitos fizerem tudo sozinhos”, disse. Ela falou em “vácuo de ações”.

Cínthia citou que a estrutura do hospital do Amor pode ser utilizada para montar leitos.

Escolas

Sobre a reabertura das escolas particulares ela disse que enquanto o governo liberou ela teve que segurar. “Nada do que fazemos e achismo ou para prejudicar algum setor. A contaminação está acontecendo nas escolas. Em 15 dias perdemos nove servidores da educação”, disse.

Ela reconheceu que houve um planejamento por parte das instituições particulares mas lamentou o cenário.

Vamos ás principais falas dela:

“Só temos um adversário em comum e esse adversário e um vírus”, disse.

“É um dos cenários de mais crise e caótico”, pontuou.

“Foram 165% de confirmação de casos”, comentou.

“O momento e é de esquecermos qualquer desavença, a culpabilização tem que estar longe disso”, pontuou.

“A parceira tem que existir no discurso e na prática”, disse sobre o governo estadual.

“Acreditem na vacina!”

“Do vamos conseguir fazer essa travessia juntos, há uma necessidade de união de esforços onde as perdas sejam as menores possíveis mas que estejamos vivos”.

“Nada do que fazemos é achismo ou para prejudicar algum setor. A contaminação está acontecendo nas escolas. Em 15 dias perdemos nove servidores da educação”, disse.

“Todo e qualquer concurso vai ter que se reprogramar “.

Com certeza as ações seriam mais eficientes se tivessem sido elaboradas junto. Falta de realmente de coragem de sentar e elencar todas as prorrogativas”.

“Quero poder trazer melhore notícias na próxima semana”.

“Só vai dar certo se todo mundo contribuir”, disse.

Prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro em coletiva de imprensa – Foto: Prefeitura de Palmas

Quadro epidemiológico

Foi apresentado o quadro epidemiológico atual de Palmas. A incidência e de mais de 9.350 mil casos a cada 100 mil casos.

Em cada 10 pacientes que realizam o teste na , quatro estão sendo positivos na capital. A variação da taxa de contágio também é preocupante. “Nossa projeção foi subestimada, tivemos mais casos do que esperávamos”, admitiu Giilian Cristina Barbosa, assessora técnica da secretaria de Saúde.

“Para esta semana e que possamos chegar a mais de 4 mil casos novos”, comentou.

A prefeitura manifestou ainda a preocupação com a taxa de ocupação dos leitos de UTIs.

Sobre os leitos geridos pelo Estado, a secretaria disse estar preocupada com a lotação das UTIs.

Uma pesquisa foi apresentada na qual há uma projeção de que para cada caso assintomático seis são contaminados sendo assim 173 mil pessoas, ou seja, 56,54% da população já pode ter sido contaminada.

Atualmente, 9,42% da população palmense já foi contaminada.

A secretária de saúde, Valéria Paranaguá está internada na UTI após complicações da Covid.

Mais sobre o decreto

Segundo a Prefeitura, pelo decreto, ficam suspensos os eventos de toda e qualquer natureza. Também fica determinado o fechamento de todas as atividades comerciais aos domingos, exceto postos de combustíveis, farmácias, serviços hospitalares e serviços de hotelaria; bem como o fechamento de todos os espaços públicos da Capital.

O decreto ainda traz a relação de atividades consideradas essenciais (confira no final desta matéria), que poderão abrir nesse período, mediante algumas regras, como horário de funcionamento, entre 6 e 20 horas, exceto para postos de combustíveis, farmácias, serviços hospitalares, serviços de hotelaria, de segurança pública e privada, de táxis, bem como empresas que atuam como veículo de comunicação. Os segmentos não inclusos nessa relação poderão funcionar, exclusivamente, para entrega em domicílio.

Leia mais matérias sobre o assunto:

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