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A história da Pitbull que morreu após ser alvo de um tiro: Caso gera confusão entre vizinhos

Uma cadela da raça Pitbull morreu após levar um tiro na porta de uma casa, na antiga quadra 509 Sul em Palmas. O suspeito de atirar é um vizinho, que é policial penal. No boletim de ocorrência, ele alega que atirou porque foi atacado junto com o próprio cãozinho de estimação, um pug.

A tutora do cachorro, Daniely Durval, relatou que a cadela ficou internada e passou por duas cirurgias, mas não resistiu. Os custos com os procedimentos chegam a quase R$ 12 mil. A moradora de Palmas disse que não tem condições de arcar com o valor e que fez uma vaquinha online para pedir ajuda.

Daniely disse que chegou em casa com as filhas, por volta das 20h da terça-feira (15). Ela abriu o portão para entrar na garagem e a cadela saiu. Momentos depois, escutou um barulho de tiro, fechou o portão e colocou as filhas dentro da residência.

Depois que saiu, ela relata ter visto a cadela ensanguentada. Segundo a tutora, o animal é dócil, não costuma sair de casa e nunca atacou ninguém.

“Ele [vizinho] estava com a arma na mão, gritando: ‘Aonde já se viu a senhora deixar uma cachorra desse porte na rua? Eu sou policial’. Eu falei: ‘Mas eu não deixei ela na rua. Eu estava guardando meu carro e ela saiu, eu estava descendo para colocar ela para dentro de novo’. Eu estou em choque, eu e minhas filhas não dormimos. A violência é absurda, eu realmente não quero que fique impune porque uma pessoa que faz isso com o cachorro vai fazer isso com qualquer outra pessoa”, afirmou.

O caso foi registrado pela Polícia Militar. No relatório, o suspeito de atirar na cadela relata que saiu de casa, junto com o cãozinho de estimação, para descartar o lixo.

O vizinho alega também que a cadela começou a atacá-los, que tentou desvencilhar-se das agressões e, que, não encontrou outra maneira de se livrar do animal. Por isso, usou a arma de fogo para se defender.

Uma testemunha também foi ouvida pela polícia e explicou que estava na casa da sogra quando escutou latidos de cachorro grande e um homem que gritava repetidamente: ‘Sai, sai, sai’. A pessoa também disse que saiu da casa e encontrou um homem bastante cansado, se apoiando na lixeira e a cachorra estava indo pela rua, em direção a outra casa.

O outro lado

A defesa do policial que atirou afirmou: “O policial penal após ser atacado pelo Pitbull e ter socorrido o seu outro cachorro de porte menor, teve que fazer uso da arma de fogo, com um disparo, para se defender do ataque violento do pitbull.”

A Secretaria da Cidadania e Justiça, responsável pela Polícia Penal, informou em nota que lamenta o ocorrido e repudia qualquer tipo de violência. Ainda de acordo com órgão, não houve ação na condição de servidor público ou policial penal, então não há nexo de causalidade em relação à pasta, mas que será aberta uma sindicância para investigar os fatos.

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