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Ações de conscientização contra o trabalho análogo à escravidão são realizadas em escolas do Tocantins

A comunidade de Esperantina também participou da ação no município (Divulgação)

Estudantes e professores de várias regiões do Estado realizam, durante esta semana, uma série de eventos com as comunidades locais para discutir sobre o projeto de combate e erradicação do trabalho escravo. Alunos de escolas que desenvolveram atividades relacionadas ao projeto Escravo, nem pensar! realizam passeatas e ações de conscientização sobre condições degradantes de trabalho e semelhantes à escravidão.

Criado em 2004, por meio de uma parceria entre a ONG Repórter Brasil e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, o projetoEscravo, nem pensar! tem como meta diminuir o número de pessoas aliciadas para o trabalho escravo, ou submetidos a condições análogas à escravidão no campo e nas cidades brasileiras, por meio da educação.

No Tocantins, a ação desenvolvida pela Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) e pela Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju) contacom apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e com a parceria da Comissão Pastoral da Terra e da Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo no Tocantins (Coetrae-TO).

Nesta sexta-feira, 9, as comunidades da Escola Estadual Manoel Estevão de Souza e do Colégio Estadual Marechal Ribas Júnior percorrerão, a partir das 15h, as principais ruas do município de Sítio Novo do Tocantins para abordar sobre os temas discutidos pelo projeto.

Conforme a diretora da Escola Estadual Manoel Estevão, Lucicléia Lima Freire, a expectativa é de que mais de 500 alunos participem da ação. “Nosso objetivo é chamar a atenção da comunidade para o trabalho escravo que ainda é uma realidade muito forte no país. Nossa intenção é acabar com essa prática que fere os princípios da dignidade humana”, disse.

Em Colinas do Tocantins, o Colégio Estadual Girassol de Tempo Integral Ernesto Barros realizou a culminância do Projeto na quinta-feira, 8. Participaram do evento alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e servidores da unidade escolar.

Ivone Eduarda da Silva Nolêto, orientadora Educacional e responsável pelo projeto, destacou a importância de sensibilizar contra a escravidão, pois o Brasil ainda registra casos de situações como esta em ambientes de trabalho urbanos e rurais. “Com esse trabalho nas unidades escolares, espera-se que os alunos sejam coparticipantes na erradicação do tráfico humano e do trabalho infantil”, frisou.

A professora de história do ensino fundamental, Elba Kerlle de Morais Souza Soares, salientou que o projeto conscientiza os jovens sobre acontecimentos da atualidade que colocam em risco a vida e a liberdade das pessoas.

“Trabalhamos as formas de escravidão, tráficos de pessoas, de órgãos e de crianças, além da exploração do trabalho infantil. Os alunos sabem de muita coisa, porém parece que quando apresentamos depoimentos, vídeos e mostramos que é algo real, eles ficam surpresos. Acredito que a forma de acabar com esses tipos de escravidão depende da atenção e da denúncia de cada um. A semente lançada na escola é expandida na sociedade por meio dos alunos”, concluiu.

A equipe da Escola Dr. Ulisses Guimarães realizou várias apresentações durante a caminhada (Divulgação)

A equipe da Escola Estadual Dr. Ulisses Guimarães, em Esperantina, realizou uma passeata no município. O grupo fez três paradas e apresentou musicais e peças teatrais. Manoel dos Santos Matos, diretor da escola, explicou ainda que para abordar sobre o tema, foram feitas palestras para os alunos e comunidade em geral sobre trabalho infantil e tráfico humano, trabalho contemporâneo frente à nova Lei trabalhista e Direitos Humanos.

Programa

O Escravo, Nem pensar! busca diminuir, por meio da educação, o índice de trabalho análogo à escravidão em regiões cuja situação ainda é registrada pelos órgãos responsáveis. Além disso, o programa visa difundir o conhecimento a respeito de tráfico de pessoas e trabalho escravo rural contemporâneo como forma de combater essa violação dos direitos humanos.

 

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação

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