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Acusado de mandar matar advogado por herança vai para cela especial na CPPP

O juiz Kilber Correia Lopes, da 1ª Vara Criminal de Araguaína, determinou que o farmacêutico Robson Barbosa da Costa, acusado de ser o mandante do assassinato do advogado Danilo Sandes, seja transferido para a Casa de Prisão Provisória de Palmas, onde deverá ser colocado em uma cela especial. A determinação ocorre dias após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar que o acusado ficaria em prisão domiciliar até que o estado providenciasse um local separado dos demais presos, pois ele tem curso superior.

O requerimento de transferência para a CPP de Palmas foi feito pela Ordem dos Advogados e pelo assistente de acusação da promotoria, Paulo Roberto. A medida foi tomada para evitar que Robson Barbosa tivesse o benefício de responder pelo crime em casa.

Danilo Sandes foi morto em Araguaína, norte do Tocantins, no final de julho de 2017. A polícia indiciou o farmacêutico, um policial militar e um ex-PM pelo crime. A Justiça decidiu levá-los a júri popular ainda em março de 2018, mas o julgamento ainda não foi marcado. O crime teria sido encomendado após desavença na disputa por uma herança de R$ 7 milhões.

A decisão de mandar Robson Barbosa para prisão domiciliar saiu no fim da semana passada, quando o ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), atendeu um pedido de reconsideração feito pela defesa do farmacêutico após um habeas corpus – pedido de liberdade – ser negado.

A ordem judicial era para que Robson Barbosa ficasse em prisão domiciliar até o estado providenciar uma cela especial. Ele não chegou a sair da cadeia.

Na decisão desta segunda-feira (19), o juiz Kilber Correia afirma que o secretário de Cidadania e Justiça confirmou existir vaga disponível na cela especial da CPP de Palmas. Também informou que a transferência deve ser informada ao ministro Jorge Mussi.

Danilo Sandes foi visto pela última vez em um supermercado — Foto: Divulgação

Entenda

Os investigadores acreditam que Robson tenha decidido matar Danilo após ele se recusar a participar de uma fraude. Isso porque o advogado representava o farmacêutico na disputa por uma herança de R$ 7 milhões e não quis ajudar a esconder parte do dinheiro dos outros herdeiros.

O caso aconteceu em Araguaína, norte do Tocantins, no final de julho do ano passado. A fraude teria beneficiado Robson, que ficaria com uma parte maior do patrimônio sem que os demais herdeiros ficassem sabendo.

O advogado era responsável por fazer o inventário para toda a família, mas após a discussão deixou de representar Robson. Ao todo, seis pessoas disputam a herança.

Danilo desapareceu na manhã do dia 25 de julho, quando foi visto pela última vez em um supermercado. O advogado foi procurado durante quatro dias. O corpo dele foi encontrado no dia 29 às margens da TO-222, em decomposição.

Ele estava apenas de cueca, com marcas de lesões, sangue e fogo, a 18 km de Araguaína, perto de entroncamento com Babaçulândia. A perícia recolheu um par de sapatos encontrado no local. O delegado responsável pela investigação, Rerisson Macedo, disse que ele foi morto com dois disparos de arma de fogo.

Fonte: G1 Tocantins

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