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Adiado novamente: júri popular de PM acusado de homicídios em Gurupi é suspenso

O aguardado júri popular do policial militar Edson Vieira Fernandes, acusado de participar de homicídios classificados como atuação de grupo de extermínio em Gurupi, foi mais uma vez adiado. O Ministério Público destaca que a defesa já causou cinco adiamentos desde a apresentação da denúncia.

Edson Vieira Fernandes – Foto – Divulgação

A sessão do Tribunal do Júri, que teve início às 8h30 no Fórum de Gurupi, foi suspensa, e agora o julgamento está previsto apenas para o primeiro semestre do próximo ano. O réu sempre negou sua autoria nos crimes.

Segundo o Tribunal de Justiça, este é o segundo adiamento do júri popular, sendo o primeiro causado por um mal-estar do advogado, que apresentou atestado médico. Desta vez, o advogado não compareceu, não justificou a ausência e foi multado em 20 salários mínimos.

O Tribunal de Justiça também informou que durante a fase de instrução do processo, a defesa provocou quatro remarcações da audiência de instrução e julgamento. A defesa alega irregularidades na lista de jurados e cerceamento de defesa.

O advogado do réu, Paulo Roberto, afirmou que o júri não foi realizado devido a irregularidades na lista de jurados, ausência de documentos cruciais para a defesa e falta de proporcionalidade entre os jurados, todos do sexo feminino.

Relembrando os fatos, os homicídios ocorreram em outubro de 2018, envolvendo o réu e o sargento Gustavo Teles, que morreu em uma abordagem policial. O Ministério Público alega que os assassinatos foram motivados pelo consumo de drogas pelas vítimas, visando “eliminar elementos sociais indesejáveis” na comunidade local. O aumento da pena é solicitado pelo uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e o motivo torpe das mortes.

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