Ícone do site Gazeta do Cerrado

Adolescente com primeiro caso de Febre do Nilo Ocidental registrado no Tocantins esta há 30 dias na UTI do HGP

Ação realizada por motoqueiros no HGP em Palmas - Foto - Daniel Cavalcante

Um adolescente de 16 anos está internado na UTI do Hospital Geral de Palmas (HGP) há cerca de 30 dias após ter sido diagnosticado com a Febre do Nilo Ocidental. Essa é a primeira vez que um caso da doença é registrado no Tocantins. A informação foi divulgada pela Secretaria Estadual da Saúde nesta quarta-feira (10), após o resultado dos exames laboratoriais feitos no Instituto Evandro Chagas, em Belém.

O irmão do paciente, de apenas 11 anos, também está internado no HGP, com suspeita de ter contraído a doença, mas não houve comprovação laboratorial. Os irmãos vivem com a família em um assentamento no município de Caseara e deram entrada no hospital com sintomas de febre e confusão mental.

De acordo com o infectologista Flávio Milagres, como eles têm vínculo familiar e moram no mesmo local, é possível presumir que o irmão mais novo também tenha contraído a doença. Novos exames serão feitos e encaminhados para o Instituto Evandro Chagas.

A Febre do Nilo Ocidental é uma doença febril aguda causada por um vírus que é transmitido principalmente pela picada de mosquitos do gênero Culex, conhecido como pernilongo ou muriçoca. O reservatório natural são aves silvestres, e o mosquito pica a ave infectada e, em seguida, pode transmitir a doença ao picar uma pessoa ou um animal.

A doença pode apresentar forma leve, moderada ou grave, e os sintomas podem se confundir com os da dengue e zika, como febre aguda de início abrupto, mal-estar, náusea, vômito, manchas vermelhas na pele, dores nos olhos, cabeça e muscular. Na forma grave, em até 14 dias após a picada do mosquito, a pessoa pode desenvolver encefalite, uma inflamação no cérebro, meningite e síndrome de Guillain-Barré, que afeta o sistema nervoso.

Não há tratamento específico para a doença, e ela é tratada de forma sintomática, conforme o quadro clínico que o paciente apresenta. A Superintendência de Vigilância em Saúde, Perciliana Bezerra, afirmou que todas as condutas clínicas e terapêuticas feitas no paciente estão condizentes com os protocolos nacionais e internacionais para o tratamento de doenças neurológicas.

Não há vacina para a Febre do Nilo Ocidental, e a doença não é transmitida de pessoa para pessoa. O mosquito é o vetor transmissor, e pode infectar humanos e equídeos, como cavalos e muares. Em alguns casos, a doença pode levar à morte.

Sair da versão mobile