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Alegando legítima defesa, agente penitenciário confessa assassinato da mãe de Laura Vitória

(TV Anhanguera)

A Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) informou por meio de nota à Gazeta do Cerrado, nesta sexta-feira, 15,que um técnico em Defesa Social da pasta, que trabalha como agente penitenciário, se apresentou espontaneamente ao 3º Distrito Policial (DP) de Palmas e confessou ter atirado na mãe de Laura Vitória, Sione Pereira de Oliveira e seu cunhado Weliton Pereira Barbosa. Conforme a nota, ele alega legítima defesa.

Segundo a Seciju, o servidor, que não teve o nome revelado, foi encaminhado ao 1º DP (Central de Flagrante), onde foi registrado o Boletim de Ocorrência (BO). Após isso, ele foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exame de corpo de delito, e liberado.

A nota aponta que o servidor alegou ter agido em “legítima defesa”, após ter sido surpreendido com uma paulada na nuca em um estabelecimento comercial, por voltas das 2 horas da madrugada desta sexta-feira, enquanto pagava uma conta. “Ao cair no chão, ele teria sacado sua arma particular e reagido, disparando contra três agressores”. Segundo a Seciju, ele tem autorização para porte de arma, conforme legislação federal para agentes penitenciários.

“O servidor comunicou ao delegado plantonista que há algum tempo vinha recebendo ameaças e que, por conta disso, chegou a registrar Boletim de Ocorrência. Segundo ele, tais ameaças poderiam estar relacionadas ao fato dele ter se recusado a aceitar propina para colocar objetos ilícitos dentro da unidade prisional onde atuava”, relata na nota.

De acordo com a Secretaria, será aberto Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apuração dos fatos. Conforme a pasta, por questões de segurança, o servidor, que foi empossado recentemente, será remanejado, ainda hoje, de suas funções na unidade prisional para uma área administrativa.

Crime

Sione Pereira de Oliveira, mãe da menina Laura Vitória, foi assassinada a tiros na madrugada desta sexta-feira, numa distribuidora de bebidas no Jardim Aureny III, em Palmas. Junto com ela, estava seu cunhado, Weliton Pereira Barbosa.

A mãe de Sione, Gilsandra Oliveira, disse que soube do assassinato após uma ligação nesta madrugada. “Eu fui avisada pela minha menina”, disse emocionada.

Uma moradora da região, que não quis se identificar, disse que ouviu cinco disparos por volta das 3 horas da madrugada. “Nem estranho mais porque é direto, não são os primeiros que morrem lá. Lá fica lotado praticamente todos os dias e as pessoas saem 9 horas da manhã”.

Confira nota da Seciju na íntegra:
“NOTA – IMPRENSA
DATA: 15.09.17
ASSUNTO: OCORRÊNCIA COM SERVIDOR TDS

A Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) informa que, após o ocorrido, o servidor se apresentou espontaneamente ao 3º Distrito Policial (DP) de Palmas e, de lá, encaminhado ao 1º DP (Central de Flagrante), onde foi registrado o Boletim de Ocorrência (BO). O servidor foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exame de corpo de delito e, posteriormente, liberado.

O servidor explicou que agiu em legítima defesa, após ter sido surpreendido com uma paulada na nuca em um estabelecimento comercial, por voltas das 2 horas da madrugada desta sexta-feira, 15, enquanto pagava uma conta. Ao cair no chão, ele teria sacado sua arma particular e reagido, disparando contra os três agressores. Ele tem autorização para porte de arma, conforme legislação federal para agentes penitenciários.

O servidor comunicou ao delegado plantonista que há algum tempo vinha recebendo ameaças e que, por conta disso, chegou a registrar BO. Segundo ele, tais ameaças poderiam estar relacionadas ao fato dele ter se recusado a aceitar propina para colocar objetos ilícitos dentro da unidade prisional onde atuava.

Diante disso, por questões de segurança, a Seciju irá remanejar, ainda hoje, o servidor de suas funções na unidade prisional para uma área administrativa. Um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) será aberto para apuração dos fatos.

 

 

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