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Alimentação diária rica em antioxidantes previne câncer e distúrbios cardíacos

O que a maçã, o brócolis, o alho e a uva têm em comum? São todos ricos em flavonoides, uma substância antioxidante encontrada em uma grande variedade de alimentos. Com a grande função de combater os radiciais livres, o composto pode ajudar a prevenir uma série de doenças, como câncer e distúrbios cardíacos. Pelo menos é o que diz um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Edith Cowan, na Austrália.

Eles observaram a dieta de mais de 53 mil pessoas por 23 anos e as descobertas indicam que aqueles que consomem 500 mg de flavonoides por dia tem menores chances de ter problemas no coração ou desenvolver o câncer. Essa proteção acontece uma vez que o composto ajuda a manter a saúde dos vasos sanguíneos e reduzir a inflamação.

O melhor de tudo é que pode ser muito fácil chegar a quantidade necessária do antioxidante. Segundo os pesquisadores, comer uma maçã, uma laranja, 100 g de brócolis e 100 g de mirtilos já ultrapassaria os 500 mg indicados. Os flavonoides são substâncias fáceis de encontrar e podem ser de vários tipos. Por isso, os cientistas recomendam a ingestão de diferentes produtos naturais a fim de conseguir variedades do composto, que também pode ser encontrado em bebidas como os chás naturais.

Durante os 23 anos de estudo, os participantes foram analisados e divididos em cinco grupos, de acordo com o consumo de flavonoides. Aqueles que tinham a ingestão de cerca de 500 mg por dia tinham o risco de morte 36% menor durante os anos de avaliação. Mais especificamente, as chances de desenvolver doenças cardíacas eram 38% menores, enquanto as de câncer chegaram a cair em 36%, em comparação àqueles que consumiam menos que o recomendado. O parâmetro de 500 mg foi estabelecido uma vez que ingestões maiores não correspondiam a vantagens mais preponderantes, mas também não traziam malefícios.

Mais surpreendente é que fumantes e alcoólatras (pessoas que tomavam mais de dois drinks por dia) também garantiam benefícios, mesmo que estes dois hábitos sejam altamente inflamatórios, favorecendo o aumento da pressão sanguínea, de coágulos e da inflamação. Porém, ainda é importante destacar que o consumo dos flavonoides não chega a neutralizar as chances de desenvolver doenças ligadas ao cigarro e à ingestão de álcool.

Ainda não se sabe exatamente como os flavonoides podem reduzir as chances de desenvolver certas doenças, mas, até agora, todas as pesquisas sobre a substância apontam para a redução da inflamação.

fonte: Casa e Jardim

 

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