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Alta de casos em Araguaína: Célio Moura ataca Dimas por flexibilização e diz temer colapso; “tão ridículo que nem merece resposta”, diz prefeito

Célio Moura e Ronaldo Dimas - Montagem Gazeta do Cerrado

Maju Cotrim

Em meio a alta de casos em Araguaína o deputado federal da cidade, Célio Moura (PT) cobrou a gestão municipal a entrega da UPA da Vila Nova. Ele politizou ainda as críticas diretas ao prefeito Ronaldo Dimas chegando a imputar culpa pelo atual cenário . Araguaína já chegou a ter mais de 300% de aumento nos casos da Covid-19 em uma semana.

“Está passando da hora do prefeito de Araguaína assumir suas responsabilidades com a saúde da população”, disse.

Segundo o deputado, Palmas por ter segurado o isolamento tem controlado os casos, ao contrário de Araguaína. “Se as pessoas que estão com Covid tiverem problema respiratório já entraremos em colapso na cidade. E o prefeito da cidade que abriu todo comércio, a cidade está toda aberta, mas não teve até agora a responsabilidade de abrir a UPA da Vila Norte”, disse ao citar que a cidade tem até o momento 30 leitos de UTI.

Segundo ele , a UPA da Vila Norte falta apenas dar uma pintura e colocar em funcionamento. “Se começarmos a ter mortes a culpa será totalmente da irresponsabilidade do prefeito e da secretária de saúde que não tem colocado aviso para que as pessoas não saiam nas ruas”, afirmou.

Ele pede a volta do isolamento na cidade diante da alta de casos. “Se não a cidade vai entrar em calamidade”, pontuou.

Em entrevista à Gazeta do Cerrado sobre as declarações de Célio Moura e focado no cenário da Covid : “ele é tão ridículo que não merece nem resposta”, disse.

Medidas de isolamento

O prefeito de Araguaína declarou estado de alerta e confirmou para ainda esta semana o aumento de leitos de UTI. Dimas decretou ainda uso obrigatório das máscaras.

O prefeito explicou que os decretos que flexibilizaram a abertura do comércio podem ser revistos quando o número de leitos alcançar uma maior ocupação. Isso porque o município estabeleceu um sistema de travas, que quando forem alcançadas restringem o funcionamento de alguns setores.

“A evolução da ocupação dos leitos é que nos colocou em estado de alerta porque hoje nós estamos com 23% dos leitos ocupados. A maior parte, metade destes leitos, é por gente de fora. São caminhoneiros que estão passando por aqui e estão a cada dia mais se contaminando. Isso nos alerta para que amanhã ou depois essa atividade de academia e restaurantes pode ser bloqueada”, disse o prefeito em entrevista.

A prefeitura também estuda restringir o número máximo de pessoas em ambientes particulares como casas. Mais de 100 pontos da maior cidade do Norte do Estado passaram por desinfecção.

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