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Altos salários no Sisepe: concorrente promete reduzir no mínimo 50% e entidade alega transparência

(Divulgação)

Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

Os altos salários que podem chegar a R$ 900 mil por ano, continuam gerando repercussão. Procurada pela Gazeta do Cerrado na manhã desta quinta-feira, 1º, sobre a repercussão da tabela de gastos anuais da diretoria do Sindicato dos Servidores do Estado do Tocantins (SISEPE), a candidata à presidência, Ana Cibele, afirma que é totalmente contra esta verba de representatividade estabelecida pelo atual presidente e candidato à reeleição do sindicato, Cleiton Pinheiro. Conforme a tabela, Cleiton recebe 15 salários mínimos (R$ 14,3 mil) verba de representação mensal, e os diretores de cinco a 7,5 salários mínimos, mais os salários de servidores do Estado. “Nossa proposta é reduzir no mínimo 50% da verba de representação e outros exageros”, promete a candidata.

Cibele destaca que também quer proibir a reeleição. “Queremos convocar assembleia e colocar no instituto, quem ganhar a eleição uma vez, não poderá concorrer na próxima”, afirma.

A candidata também quer oferecer uma segunda opção de plano de saúde aos servidores. “O Estado está sucateado o Plansaúde, então iremos cobrar mais e atrás de outros convênios, para dar uma segunda opção ao servidor”, explica.

(Acervo Pessoal)

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Repercussão

Nessa quarta-feira, 28, a Gazeta procurou o presidente Cleiton Pinheiro, que alegou justa a verba de representação recebido por ele e os diretores do sindicato, que é maior do que o salário de alguns prefeitos do Estado do Tocantins.

A polêmica também repercutiu nas redes sociais. No Facebook da Gazeta, um seguidor comentou, “Quando você acha que já viu de tudo. Desde 2007 no poder, cada uma hein, cada um puxando a sardinha pro seu lado”, disse.

Outro seguir comentou também mostrando sua insatisfação. “Eu acho engraçado quanto tempo esse rapaz é presidente desse sindicato. Aí tem coisa nesse angu. Pra ser bom demais”.

As eleições do quadriênio 2018/2022 que irão decidir este impasse acontecem no dia 17, sábado.

O outro lado

O Sisepe encaminhou nota à Gazeta na manhã desta quinta-feira, 1º, alegando que a verba de representação paga aos membros da diretoria executiva é legal, tendo sido aprovada em assembleia geral, e todos as informações referentes aos valores são públicas e transparentes.

(Foto: Marco Aurélio Jacob)

Confira nota na íntegra:

Nota de esclarecimento

O Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO) esclarece que a verba de representação paga aos membros da diretoria executiva deste sindicato é legal, tendo sido aprovada em Assembleia Geral por toda a categoria.

O pagamento está previsto no Estatuto do SISEPE-TO que em seu artigo 10º diz que:

Ao membro da Diretoria Executiva que cumpra jornada de 8 (oito) horas diárias na atividade sindical, perceberá verba de representação mensal fixada em Assembleia Geral.

Nestes termos, a verba de representação foi inicialmente aprovada pela categoria em Assembleia Geral realizada em 10 de julho de 2007, tendo sido registrada no cartório de registro civil no dia 17 de julho de 2007 sob o nº de ordem 011, às margens do registro nº 2.011 do livro A 003.

Posteriormente a verba de representação tem sido ratificada anualmente pela própria categoria durante as assembleias gerais para aprovação do orçamento. Todas as atas estão registradas em cartório e podem ser consultadas. O pagamento da verba de representação, portanto, é perfeitamente legal e todas as informações referente aos valores são públicas e transparentes.

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