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Aluguéis e vendas de imóveis caem cerca de 40% no Tocantins

Daleti Jeovana

As quedas ocorrentes na economia do país, afetam diretamente o bolso do cidadão e consequentemente no comércio que depende de movimentações financeiras. No setor imobiliário não é diferente, as vendas estão paralisadas e os proprietários estão reavaliando suas propostas para não perderem negócios .

Roberto Antônio, proprietário da Nobre Imobiliária, em Palmas, afirma que as vendas de imóveis reduziram em torno de 40% em relação ao ano passado e considera agosto como mês de maior dificuldade.

Segundo ele, a procura por aluguéis aumentaram, mas para que isto acontecesse, estrategicamente,  se viram obrigados a reduzirem os valores. “As pessoas que chegavam em Palmas e compravam imóveis, agora optam por alugar, portanto, os aluguéis continuam em crescimento, mas claro, com preços menores, disse.

O economista Fábio Martins explica esta preferência: “De três anos para cá houve uma desaceleração no mercado imobiliário. Quem tinha recursos para comprar sua própria moradia, já comprou. Hoje as pessoas não veem mais o imóvel como uma oportunidade de investimento como viam há anos atrás, compravam para especular, pois acreditavam na valorização do imóvel e no lucro que poderiam obter com aluguel da propriedade”, disse.

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De acordo com o economista, os investimentos feitos nos últimos meses não tiveram bons resultados. Os proprietários não conseguem alugar seus imóveis com facilidade e os valores que recebem, não cobrem os custos das parcelas do financiamento. “Os cidadãos não querem imobilizar capital neste momento, pois sabem que se precisarem de dinheiro para uma emergência, será muito difícil recomercializar o imóvel”, afirma.

Conforme Fábio, as quedas no mercado imobiliário são devido às dificuldades de aprovação de crédito junto aos bancos, os altos valores de juros e o receio do comprador em assumir compromissos de médio e longo prazo, por incertezas econômicas.

O economista afirma que o momento econômico atual é de reavaliação de custos e de espera para uma boa oportunidade de compra da casa própria.

“As pessoa estão reavaliando os custos, se juntando com amigos e dividindo uma casa, voltando para a casa dos pais e até mesmo preferindo pagar aluguel no aguardo de uma  boa oportunidade de  compra e da redução dos juros de financiamento”, finaliza.

 

 

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