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Amastha promete despachar dos hospitais e pagamento de emendas só após regularizar salários

Candidato disse que não vai nomear secretário de que não entende de saúde nem do Tocantins - Divulgação

O candidato a governador da coligação “A verdadeira Mudança”, Carlos Amastha (PSB), disse, nesta segunda-feira, 14 de maio, que seus gabinetes nos primeiros 30 dias de mandato suplementar serão no HGP (Hospital Geral de Palmas) e nos hospitais regionais do Estado. “Quero entender pra resolver. Quem quiser falar com o governador vai ter que me procurar dentro dos hospitais”, frisou o candidato.

Ex-prefeito da Capital durante uma gestão que melhorou todos os serviços de saúde e os indicadores, Amastha disse não entender como o governo estadual, que aplica muito dinheiro na área, não consegue fornecer à população um mínimo de qualidade nos serviços da área. Amastha explicou que o principal problema é gestão e não dinheiro. Isso porque dos R$ 7,42 bilhões gastos pelo Poder Executivo em toda a administração em 2017, R$ 1,41 bilhão, mais de 19%, foi na saúde. Em 2016, os números foram parecidos: R$ 1,39 bilhão na saúde dos R$ 7,11 bilhões de gastos totais. “A Constituição manda gastar 12% da Receita Corrente Líquida em Saúde. O Tocantins gasta mais de 19% da receita total, que é muito maior. Da Receito Corrente Líquida, dá quase 27%, e mesmo assim não consegue fazer o mínimo. Tem coisa muita errada e nós vamos resolver”, destacou o candidato.

Para Amastha, a corrupção no setor também atrapalhou. “Os diversos processos e inquéritos envolvendo a saúde estadual mostram que o dinheiro nem sempre foi usado para os fins que deveriam”, destacou o candidato, ao salientar que sobraram interesses de grupos e uma generosa dose de muita incompetência. “Veja o caso da oncologia de Araguaína. Equipamento e radioterapia comprado desde 2013 e até hoje não foi instalado. Eu vou pra dentro da saúde. Dentro dos hospitais e vou entender tudo. Tenho certeza que muito do que fizemos em Palmas pode ser aplicado no Estado. Vou trabalhar com as prefeituras. Vamos acelerar a construção do Hospital do Câncer, ampliando a ajuda do Estado e mobilizando a sociedade. Vou destravar todas as obras paradas”, garantiu.
O candidato assegurou, ainda, que, diferentemente dos governadores anteriores, não vai trazer um secretário de fora do Estado. “Não vou nomear quem não entende de saúde e quem não entende do Tocantins. O dinheiro da saúde será gasto com o povo doente”, finalizou.

Emendas

O candidato anunciou ainda que, com ele no comando da gestão estadual, só haverá gastos com publicidade, com pagamento de emendas parlamentares para shows e com viagens a congressos depois que a folha do funcionalismo público estiver normalizada, ou seja, paga em dia na sua totalidade até o quinto dia útil.

“Com os servidores, com crédito, vamos trabalhar a arrecadação com estímulos à economia. É aumentando a arrecadação que vamos buscar o equilíbrio fiscal. Por fim, só gastar aquilo que se arrecada. É um processo, mas exige medidas urgentes e nós temos coragem de adotá-las”, destacou o candidato, ao explicar que não há como pensar em fazer gastos com publicidade e outros não urgentes enquanto os salários de mais de 50 mil pessoas não estão sendo pagos em dia. “Os salários são sagrados e têm que ser pagos em dia. Essa medida será prioridade”, explicou o candidato.

Amastha ressaltou que, em Palmas, a prefeitura consegue pagar os salários com antecipação, a data-base está em dia e as progressões estão relativamente bem encaminhadas. “O servidor tem que saber o que está acontecendo em detalhes. Não dá para arrumar a casa do Estado de uma hora para outra, mas os problemas têm que ser enfrentados e as medidas precisam ser feitas”, frisou o candidato.

Segundo candidato, servidor precisa saber o que está acontecendo de verdade – Divulgação

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