Seduc diz que medidas estão sendo tomadas
Lucas Eurilio – Gazeta do Cerrado
A Polícia Civil do Tocantins está investigando ameaças feitas a estudantes e professores do CEM Castelo Branco – Polivante, em Araguaína, região norte do Tocantins. Um boletim de ocorrência foi registrado e a polícia que está em diligências para solucionar o caso
Alunos, professores e pais de alunos estão em alerta.
O post com ameças que circula nas rede sociais tem causado pânico aos moradores da cidade e aos pais de alunos. Na publicação, um suposto aluno do Colégio, diz que conseguiu um porte legal de arma e que vai ‘brincar’ e levantar tiros contra alunos e professores.
“Caro CCB (CEM Castelo Branco), considerem um aviso. Estou nessa escola comum, vocês não tem noção do que fazem, isso é tudo ridículo. EU vim obter um bom estudo e boas notas, me classifico como extraordinário, mas nesse esse ensino está me matando, aos poucos eu adquiri depressão, por causa de vocês me sinto burro nessa escola. Enfim consegui um porte de arma legal e com a ajuda de um parceiro, vamos brincar um pouco agora”.
As ameaças continuam e o suposto estudante do Colégio diz que vai partir para a agressão.
“Estou disposto a levantar tiros contras todos em qualquer dia da semana, só estou fazendo alguns planejamentos e irei partir para a agressão. Estou fazendo uma roleta russa pra escolher qual dia da semana irei agir. Eu não sinto nada por nenhum de vocês e irei fazer isso por prazer, eu chamo isso de caminho sem volta”, diz o post.
A publicação é finalizada com mais ameaças. “Não conheço o medo. Através desse post, faço uma sentença de morte ao colégio polivalente, Cem Castelo Branco. Isso inclui todos os professores sem falta”.
A Delegacia Especializada de Repressão às Infrações de Menor Potencial Ofensivo de Araguaína (Deimpo) investiga o caso.
Este não é o primeiro caso de ameaças de massacre em unidades escolares do Tocantins. Em 2019 a Escola João D Abreu em Dianópolis, região sudeste do Estado, foi alvo de ameaças.
Na época, alunos e pais de alunos entraram em pânico,depois que mensagens sobre o massacre foram compartilhadas na internet.
O que diz a Seduc
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc-TO), disse em nota que tem conhecimento das ameaças do possível estudante e que já notificou as autoridades competentes. (Veja na íntegra no final da matéria)
A Seduc afirmou ainda que boletins de ocorrência foram registrados tanto na Polícia Civil como na Polícia Federal. Destacou que a unidade escolar possui circuito interno de monitoramento e a Patrulha Escolar da PM está reforçando a segurança.
Polícia Militar
Em relação ao crime virtual de ameaça publicado em rede social contra uma escola estadual de Araguaína, o 2º Batalhão de Polícia Militar do Tocantins (2º BPM) informa que recebeu a direção do Colégio que relatou o fato. Por se tratar de um crime virtual que requer investigação, a direção fez o registro na Delegacia da Polícia Civil.
Quanto a Polícia Militar, além de patrulhamento nas imediações da escola ameaçada, O 2º BPM informa ainda que a Unidade trabalha com dois projetos sociais que atingem diretamente as escolas do município: o Programa Nacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) e “Cidadão do Futuro: Resgatando o Civismo”. Este último inclusive foi lançado na manhã dessa quarta-feira, 04, na Escola Estadual de Aplicação.
Além de estreitar o vínculo com o público infanto-juvenil, o projeto social é uma importante ferramenta da Polícia Militar para falar com os estudantes sobre diversas temáticas dentre elas: valores, cidadania, civismo, combate às drogas e a violência.
Confira nota da Seduc na íntegra
Sobre ameaça de um possível estudante ao Centro de Ensino Médio Castelo Branco em Araguaína, a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) informa que após tomar conhecimento da publicação em rede social, a unidade escolar notificou as autoridades competentes registrando boletim de ocorrência na 3ª Delegacia de Polícia Civil Especializada e na Polícia Federal, que já estão tomando as medidas necessárias.
Vale destacar que a unidade escolar possui circuito interno de monitoramento e que foi solicitado o reforço da Patrulha Escolar da Polícia Militar. Todas as providências tomadas foram comunicadas à comunidade escolar visando evitar o pânico.
A Seduc reforça que as escolas são orientadas a identificar e atuar na conscientização dos alunos quanto aos riscos de trotes e da prática de ações violentas nas unidades de ensino.