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Aniversários: Onze municípios completam nova idade nesta 4ª; saiba histórias de cada um

Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

Nesta quarta-feira, 26, diversos municípios do Tocantins completam mais um ano desde que foram elevados à categoria de município.

São eles: Aguiarnópolis, Bandeirantes, Chapada de Areia, Crixás, Luzinópolis, Oliveira de Fátima, Pugmil, Santa Rita, Santa Terezinha, Talismã e Tupirama.

Com intuito de celebrar a data, a Gazeta do Cerrado conta um pouco sobre a história de cada município tocantinense.

Aguiarnópolis

Aguiarnópolis do Tocantins completa 27 anos nesta quarta-feira. Foi fundada em 26 de maio de 1994. Os habitantes se chamam aguiarnopolenses. O município se estende por 235,4 km² e contava com 5.162 (censo 2010), habitantes no último censo. A densidade demográfica é de 21,9 habitantes por km² no território do município. Vizinho dos municípios de Porto Franco, Palmeiras do Tocantins e Santa Terezinha do Tocantins, Aguiarnópolis se situa a 25 km a Sul-Oeste de Porto Franco a maior cidade nos arredores.  Situado a 162 metros de altitude, de Aguiarnópolis tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 6° 33′ 30” Sul, Longitude: 47° 28′ 0” Oeste.

Aguiarnópolis – Divulgação

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Bandeirantes

Conforme a Prefeitura, até o ano de 1920, a região de Bandeirantes era sertão bruto, sendo habitado, apenas, pelos índios Caigangues. O primeiro explorador do território de Bandeirantes foi o engenheiro Carlos Burromei, a quem se deve a divisão das terras que formam os municípios de Bandeirantes e Cornélio Procópio.

A 24 de dezembro de 1926, D. Josefina Alves de Lima, proprietária de grande gleba de terras na Fazenda Laranjinha, ao proceder a divisão desse imóvel, vendeu a João Manoel dos Santos dez alqueires de terra, destinados a fundação de um povoado, que deveria ser denominado Invernada. João Cravo, agregado de D. Josefina, recebeu, independentemente de qualquer pagamento, uma ‘data’ de terras no mesmo local.

Demarcado o novo patrimônio, e, dada a circunstância da construção da Estrada de Ferro São Paulo – Paraná, o seu desenvolvimento foi rápido surgindo, além da gleba dividida por João Manoel do Santos, a Vila Rezende, da propriedade de Azarias Vieira de Rezende.

A 12 de abril de 1929, foi criado o Distrito de Invernada, como parte integrante do Município de Jacarezinho, sendo instalado no dia 8 de dezembro do mesmo ano. Em julho de 1930, a Empresa Ferroviária São Paulo – Paraná, inaugurou uma estação ferroviária, a 3 quilômetros do patrimônio de Invernada, que passou a denominar-se Bandeirantes, surgindo, então, um povoado nas proximidades da estação, em terreno de propriedade de Juvenal Mesquita. Em 27 de setembro de 1931, um pugilo de homens de boa vontade, iniciou um trabalho de coligação em favor do progresso da estação e, consequentemente, sobreveio a queda de Invernada, onde se achavam o cartório, a Coletoria Estadual, casas, hotéis, casas de comércio, farmácias, correios, etc.

Em 1932, o então Interventor Federal no Paraná, visitou Bandeirantes, notando que o povo desejava a criação do município. Houve a unificação dos dois povoados: Bandeirantes e Invernada.

Bandeirantes do Tocantins

Chapada de Areia

Segundo a atual gestão, Chapada de Areia está localizado no oeste do Estado, cerca de 100km da capital Palmas, fazendo parte da Comarca de Pium, da Zona Eleitoral de Cristalândia e têm, como referência comercial, a cidade de Paraíso do Tocantins, distante apenas 38km, tendo pela TO 447 sua principal via para escoamento da produção, especialmente da criação de gado considerando a existência de grandes propriedades rurais em sua região.

Possui uma característica peculiar eis que possui mais eleitores do que habitantes e teve, através da gestão do Governador Mauro Carlesse, a realização de um sonho que foi a inauguração da pavimentação asfáltica da TO-447 em 2018.

Crixás

De acordo com a Prefeitura do município, Sua povoação começou a partir da construção da rodovia Belém-Brasília, BR-153. Em 1958, chegou a primeira família, a dos Barbosa: João Barbosa, Joventino Barbosa, sua filha Cotinha Barbosa e Rubens Barbosa. Posteriormente chegaram Gerônimo Campos, João Rodrigues, Manoel Caiçara e Paulo Rodrigues da Silva. Em 1972, foi Construída a primeira escola de acordo ajuda dos pais de alunos. João Barbosa e Manoel Justino da Silva eram os professores e Luíza Madeira da Silva, organizaram as festas comemorativas. O primeiro veículo de transporte foi de Daniel, dono da borracharia. Os encontros religiosos eram feitos à sombra das mangueiras, até que uma igreja foi construída por Dona Cajubi Ramalho Lima, Dona Ivonete, Manoel Jacinto Nunes e outros moradores ansiosos para os festejos de Nossa Senhora Imaculados da Conceição, que se tornou a padroeira do lugar. A primeira missa foi rezada pelo Padre Ostevaldo que vinha de outro município. Dona Lurdes, pioneira da zona rural, doou um pouco de suas terras para que o povoado pudesse crescer, o que não foi do agrado de seu marido Sinézio. Em um belo dia, chegaram os agrimensores para medir e parcelar o terreno que era de propriedade do Estado. Conversaram com Sinézio e sua esposa convencendo-os sobre as vantagens da doação e a fazê-la de bom grado. Sabendo da decisão de Dona Lurdes e seu marido, João Barbosa foi a Gurupi e providenciou o loteamento de uma área deixando de fora o terreno anteriormente doado pelo casal, o que deu origem a desentendimentos; mas no final chegaram a um acordo. Desta forma, foi feito o loteamento ao qual deram o nome de Crixás. Seu primeiro prefeito eleito foi o Senhor José Luiz de Almeida.

Crixás do Tocantins – Divulgação

Luzinópolis

O município também completa 27 anos. Localiza-se a uma latitude 06º10’56” sul e a uma longitude 47º51’22” oeste, estando a uma altitude de 250 metros. Sua população estimada em 2004 era de 2.302 habitantes. Possui uma área de 280,865 km².

Luzinópolis – Divulgação

Oliveira de Fátima

O município está localizado às margens da Rodovia BR-153, na região Centro Oeste do Estado; Segundo a prefeitura, Oliveira de Fátima surgiu a partir de uma fazenda situada no município de Porto Nacional, tendo como proprietário o Sr. Filintro Gomes Sertão, quando na ocasião procurado pelo então Prefeito da cidade de Porto Nacional, Sr. Olegário José de Oliveira, propondo a compra de parte de uma área de terra para que fosse loteados e distrubuídos para pessoas que ali já residiam, formando assim um pequeno povoado. Os habitantes se chamam oliverenses.

Após a compra em 1972, doou parte dos lotes para pessoas que vinham da antiga Fátima Velha, em função da construção e pavimentação da Rodovia BR-153 que liga o Sul ao Norte do País.

Com a criação da Lei nº 9.188, de 14 de maio de 1982, concretizou-se a emancipação da cidade de Fátima, pelo Governador do Estado de Goiás, Sr. Iris Rezende Machado.

Em 1983, com o início da gestão do Prefeito Sr. João Inácio Ferreira, com o desmembramento oficial da cidade de Fátima do município de Porto Nacional, tornando o povoado em Distrito, fazendo parte do Município de Fátima.

No dia 26 de maio de 1994, criou-se a Lei nº 678, aprovada pela Assembléia Legislativa e sancionada pelo Governador Moisés Nogueira Avelino, tornando assim a emancipação do Município de Oliveira de Fátima.

O município se estende por 205,9 km² e contava com 1 112 habitantes no último censo. A densidade demográfica é de 5,4 habitantes por km² no território do município.
Vizinho dos municípios de Fátima, Nova Rosalândia e Santa Rita do Tocantins,Oliveira de Fátima se situa a 53 km a Sul-Oeste de Porto Nacional a maior cidade nos arredores.
Situado a 289 metros de altitude, de Oliveira de Fátima tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 10° 42′ 29” Sul, Longitude: 48° 54′ 9” Oeste.

Pugmil

Segundo informações da Prefeitura, a origem do nome de Pugmil, foi de uma Máquina  Estrangeira de Moer Cascalho em 1971 à 1973. PUGMIL, está localizada às margens da Rodovia BR-153, emancipada em 26 de maio de 1994, desmembrada do município de Paraiso do Tocantins, os fundadores são: Maria da Paixão Ribeiro da Silva; Noel Alves da Silva, Dionísio Pereira; Aldenor e Divino Cego.

O primeiro a lutar pela criação do município foi o Sr. José Barbosa Coelho em 1993. A Lei de Criação do Município de Pugmil-To, nº 676 de 26 de maio de 1994.

A eleição do 1º prefeito da cidade foi realizada em 03 de outubro de 1996, tendo como eleito o Sr. José Maria Cardoso.

Santa Rita

O lugarejo foi fundado às margens do Ribeirão Faisqueiro, no ano de 1957, a partir de uma doação feita pelo Sr. Marciano Alves Moreira, que também foi seu primeiro morador e que ajudou várias pessoass que aqui chegavam a começar uma vida nova. As margens da Rodovia Bernardo Sayão não cresceram muito, o que serviu para a sua deslocação na década de 70, mais exatamente no dia 03 de setembro de 1973, para as margens da BR-153 onde deu início ao povoado de Santa Rita.

Em 06 de junho de 1990, pela Lei nº 579/90, foi elevada a categoria de Distrito de Brejinho de Nazaré, após aprovado pelo então Prefeito Municipal Sr. Vanaldo Ferreira Cunha e teve como Vice-Prefeito do Distrito o Sr. João Pereira da Costa, conhecido como João Bispo.

Em 19 de junho de 1991, entrou na Assembléia Legislativa do Tocantins o pedido de emancipação do Distrito pela Deputada Estadual Dolores Nunes, sendo aprovado pela Lei nº 686 de 26 de maio de 1994, passando a categoria de cidade com o topônimo Santa Rita do Tocantins.

A sede do município foi instalada em 01 de janeiro de 1997, tendo como primeiro prefeito eleito, o Sr. João Pereira da Costa, com mandato de oito anos consecutivos.

Foto: Gildo Barbosa

Santa Terezinha

A história do município de Santa Terezinha do Tocantins remonta aos idos de 1940, quando chegaram à região, provenientes do Estado do Maranhão, as primeiras famílias em busca de terras para trabalhar. O primeiro acampamento foi à sombra de um pé de marinheiro, árvore de grande porte que até hoje é um dos símbolos do município.

Chegando ao local ocuparam as terras que na época eram devolutas, instalando-se à margem esquerda do Rio Traíras e fundaram uma vila que, em função da grande quantidade de coco babaçu, foi batizada de Coco Escuro. Com a criação da primeira escola, foi contratada a senhora Luiza Antero como primeira professora do povoado.

A vocação do município sempre foi a agricultura, com as primeiras famílias tendo iniciado a produção de arroz, feijão, mandioca, milho e algodão. As mulheres cuidavam da casa e da fabricação de redes, cobertores e vestuário. Em 1941 iniciaram a criação de gado e expandiram a agricultura.

A partir de 1942 começaram a cultivar cana-de-açúcar, matéria-prima usada na fabricação de açúcar, rapadura e cachaça. Neste ano começaram a exportar arroz, algodão e os derivados da cana-de-açúcar.

Neste mesmo ano de 1942, a maioria dos moradores mudou-se para a margem direita do córrego. O povoado cresce, chega o senhor Manoel da Rocha Nogueira, conhecido como Manoel Aníbal e se torna o primeiro comerciante da povoação. Em 1952, Jacy Gomes Marinho coordenou um mutirão para construir uma capela em homenagem a São Francisco de Assis, com festividades dia 04 de outubro. O atraso nos trabalhos fez com que a inauguração da capela se desse apenas dia 14 do mesmo mês e o padroeiro foi substituído por Santa Terezinha do Menino Jesus, com festividades dia 15 de outubro. No dia 18 de outubro, do mesmo ano, foram realizados os primeiros casamentos na capela.

Em 1968, foi criada uma feira livre no Povoado, onde eram vendidos, principalmente, produtos agrícolas da região. A feira torna o Povoado conhecido e famoso, atraindo muita gente para instalação no local. Comerciantes de outros municípios vendem também ali seus produtos.

Hoje, a cidade tem uma população estimada em 2.474 habitantes (Censo IBGE 2010) espalhados em uma área territorial de 269,676 km². Além da sede, o município é composto pelos povoados Fortuna, Rizada, Buritizinho, Mamão, São Bento, Mansinha, Cocalinho, Juriti e São Romão, além dos assentamentos Acan e São Romão.

O município é banhando apenas por um rio de médio porte, o Mumbuca, que deságua no Rio Tocantins, mas possui, em seu território, vários pequenos córregos e riachos, como o Traíra, o Lucas, Lambuza, e Água Preta.

Para quem gosta de contato com a natureza, duas grandes cachoeiras, Cachoeira do João do Joca e a Cachoeira da Porrada, se apresentam como locais propícios ao descanso e lazer.
No município também é tradicional a prática de trilhas e enduros, com um dos mais tradicionais eventos da região, já em sua sétima edição. Outro evento que atrai anualmente centenas de pessoas é a Cavalgada, prevista para acontecer em agosto.
 
O agronegócio ainda é a maior fonte de renda do município, sendo que recentemente a piscicultura também vem se firmando. A cidade já com vários produtores e produz boa parte do peixe consumido localmente. Através do Programa Compra Direta Local, Santa Terezinha vem impulsionado o cultivo de legumes e hortaliças, além da criação de gado e porco para o abate.

Santa Terezinha do Tocantins – Divulgação

Talismã

Também completando 27 anos, o início de sua povoação teve origem a partir de 1960 com a construção da rodovia BelémBrasília, BR-153 com a chegada dos pioneiros Beijamin Fiori, Raimundo Souza Costa e Terezinha Maria Costa.

Com o movimento da construção da rodovia Belém-Brasília, Raimundo, que era proprietário de terras, doou um terreno para que os moradores construíssem uma escola para as crianças, em que Eva Maria dos Santos, irmã de Terezinha Costa, foi a primeira professora. A escola Vieira e José do Carmo Pacheco, que utilizaram adobe e cobriram-na com telhas de cerâmica, funcionava onde hoje se encontra o Salão Paroquial.

Logo, Raimundo abriu uma pequena casa comercial. Pouco tempo depois vieram Guilherme Gomes de Melo, José do Carmo Pacheco, Pedro Marques Ribeiro, Sabino Gomes de Melo e outros.

Em 1965, o Padre Juraci Cavalcante rezou a primeira missa no povoado.

O município de Talismã, criado pela Lei Estadual n.º 681, de 26 de maio de 1994 e instalado no dia 1º de janeiro de 1997. Localizado à margem da BR – 153, Sul do Estado e desmembrado do município de Alvorada – TO.

Tupirama

Em 1937, Leôncio de Sousa Miranda, residente em Pedro Afonso, resolvera, dado o grande número de competidores no setor comercial, transferir-se para a margem esquerda do Rio Tocantins em frente à cidade de Pedro Afonso, construiu três casas residenciais para si e seu pessoal, donde adveio o nome Trindade, primeiro nome do povoado.

Por influência do fundador, o lugarejo desenvolveu-se rapidamente e, com o sensível aumento da população a que vieram juntar-se diversas famílias do interior do Município, tornou-se capaz de erigir-se em vila.
Tanto para a concretização do sonho de vila, como de município, Leôncio Miranda prestou relevantes serviços, sendo ele um dos maiores desbravadores, e batalhadores pela vitória dessa causa.

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