Maju Cotrim
A discussão entre o deputado estadual Elenil da Penha do MDB e o governador Mauro Carlesse na reunião desta quinta-feira, 19, deu o que falar porém mostrou, segundo deputados ouvidos, a abertura que os parlamentares tem com a gestão e principalmente diretamente com o gestor.
A Gazeta conversou com vários deputados estaduais que alegam que mesmo com divergências pontuais como chamam esse episódio da data-base no qual os poderes querem um índice e o governo defende outro, a parceria continua na Casa.
Hoje o governo tem apenas o deputado Júnior Geo que não é próximo e que tem atuado como oposição. Nenhum dos outros 23 se intitula oposição e são base de sustentação ao governador.
Os deputados contam que quando há um projeto polêmico, Carlesse sempre chama para conversar e ouvir as opiniões, mesmo que as divergentes.
Nesta sexta-feira, 20, durante evento do PPA em Palmas estavam presentes alguns parlamentares inclusive o presidente da Casa, Antônio Andrade. “O governador sinalizou paz e amor”, disse Issam Saado a Gazeta durante o evento sobre a relação do governo e AL.
“Se ele está colocando o Estado em dia merece nosso respeito e parceria”, completou.
Presidente fala à Gazeta
Em entrevista exclusiva à Gazeta, Antônio Andrade disse ao chegar no local do PPA que não há mal estar da Casa com o Palácio.
“Não mudou nada, divergência tem… mas não quer dizer que afeta o relacionamento da Assembleia com o governo. Nossa parceria é com o Tocantins”, disse.
Ele revelou que a redução dos índices de data-base já está “praticamente resolvido” após reunião que aconteceu no Palácio ontem onde o governo apresentou os dados que mostram a necessidade de todos darem apenas índice de 1%.
“Já acertamos tudo e ficou 1 por cento para todo mundo. São 17 estados que não vão dar data base o Tocantins não pode de forma alguma desenquadrar o Estado depois de tanto esforço”, disse à Gazeta.
Ele anunciou que na próxima quarta-feira, 25, os projetos de data-base já devem ser votados com a redução. Os poderes queriam 3,4%, conforme aprovado pelo pleno e colegiado de cada órgão. Os presidentes do TJ e o procurador Chefe do MP, José Omar bem como o TCE levaram a proposta de 1% e as alegações do governo que quer manter o Estado enquadrado.