Em material enviado à imprensa, candidato da coligação “A Verdadeira Mudança” na eleição suplementar para governador do dia 3 de junho, Carlos Amastha (PSB) comparou, nesta quarta-feira, 23 de maio, o caos na gestão estadual da Saúde com toda a administração municipal de Palmas. Prefeito da Capital de janeiro de 2013 a abril de 2018, Amastha ressaltou que o Orçamento Municipal executado em 2017 foi de R$ 920 milhões, enquanto a saúde do Tocantins gastou R$ 1,392 bilhão. Assim, o valor gasto para todas as despesas de Palmas, cidade com mais de 286 mil habitantes, foi 34% menor que os gastos na saúde estadual, que precisa administrar 18 hospitais regionais.
“A nossa cidade evoluiu em todos os indicadores. Olha o que são as nossas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), nossas escola municipais, nossas ruas, e comparem com o HGP (Hospital Geral de Palmas) e os demais hospitais. Eles gastaram R$ 472,9 milhões a mais e deram em troca um péssimo serviço. Inadmissível e sem explicação. Nós vamos resolver. Vou despachar o primeiro mês da gestão suplementar dentro dos hospitais e aquilo vai funcionar”, destacou Amastha, ao ressaltar que esse serviço precário da Saúde não se deve ao corpo de funcionários, já que os profissionais da área no Estado são competentes e comprometidos.
Saúde não é lugar pra balcão de negócios
“Volto a dizer. É um problema de gestão e de vergonha na cara. Um trouxe um secretário dono de laboratório, depois um dono de estabelecimento de ensino e, o outro, trouxe um secretário do Rio de Janeiro com extensa ficha de serviços mal prestados, ações de improbidade e até processo criminal. Nós não faremos do sistema de saúde um balcão de negócios. Haverá uma gestão séria”, ressaltou.
Segundo a assessoria da coligação, por mês, o sistema de saúde estadual do Tocantins consumiu R$ 116,15 milhões no ano passado, enquanto a Prefeitura de Palmas inteira teve despesa mensal de R$ 76,68 milhões. Amastha destacou, ainda, que essa diferença brutal também é semelhante nos anos anteriores. “Nunca faltou dinheiro para a saúde. Estado aplica bem mais que os 12% da Receita Corrente Líquida constitucionais, chegando a 22%, mas entrega filas intermináveis, falta de dipirona, seringa, não há cirurgias, paciente com fratura fica mais de 40 dias no corredor de hospitais. Claro que a corrupção é fundamental nesse processo e nós vamos acabar com as negociatas na área”, resumiu Amastha.