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Após denúncia, hospital disponibiliza UTI a paciente, mas cobra mais R$ 100 mil, diz família

Leito de UTI – Foto: André Araújo/Governo do Tocantins

Equipe Gazeta do Cerrado

Em denúncia feita pela Gazeta do Cerrado nesse domingo, 21, onde familiares de um paciente internado no Hospital Oswaldo Cruz, em Palmas, estavam indignados após pagarem R$ 70 mil por uma UTI e a unidade não cumprir o contrato.

O advogado da família confirmou que a UTI foi disponibilizada na noite do domingo, porém, o hospital estaria cobrando mais R$ 100 mil pelo leito e tratamento.

A Gazeta tentou contato com o Hospital Oswaldo Cruz, mas não obteve retorno.

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Entenda

Conforme o advogado e sobrinho de Moadir Sodré dos Santos, de 42 anos, a família pagou à vista R$ 20 mil e mais R$ 50 mil de cheque calção para os primeiros atendimentos na UTI, mas a transferência não foi feita.

“Ele estava internado na UPA-Norte e depois foi pro Oswaldo Cruz. Lá, fizemos o pagamento, assinamos o contrato para cubrir todas as despesas. Meu tio ficou menos de 24 horas no corredor, foi intubado, mas até o momento ele continua sem o leito”, disse o sobrinho João.

O que a família de Moadir não esperava, era que os detalhes acertados não seria cumpridos.

Os parentes alegam que a situação do paciente é desumana.

“Nosso advogado, o médico e meu primo acompanharam. O Hospital tinha recebido, assinamos o contrato como já disse, meu primo ficou lá, acompanhou tudo e agora falaram pra gente que não tem a UTI. Não sabemos o que houve ou se alguma outra pessoa foi colocada no lugar dele. Paciente com risco de vida, intubado. É desumano” , lamentou. 

Pedido de mais R$ 300 mil

O susto para os familiares de seu Moadir veio depois, quando o Hospital, após já ter recebido o montante de R$ 70 mil, cobrou mais R$ 100 mil pelo leito e outros R$ 200 mil como cheque calção. 

Segundo os parentes, um total de R$ 370 mil seria cobrado pela vaga.

“Em plena uma pandemia, quem tem R$ 100 mil reais à vista e outros R$ 200 mil assim do nada?”, questionou.

Assim que fomos informados daesta situação, já tomamos as providências. “Fizemos um boletim de ocorrência, buscamos a Defensoria Pública do Estado e vamos fazer uma petição pra entrar na Justiça e tentar conseguir o leito”, disse. 

João contou à Gazeta do Cerrado neste domingo, 21, que Moadir segue sem a vaga na UTI.

O Hospital

O Gazeta do Cerrado entrou em contato com o Hospital Oswaldo Cruz às 11h46 pelo email info@oswaldocruzpalmas.com encontrado no site da unidade. Entramos em contato também – entre 12h47 e 12h44 –  através do telefone (63) 3219-9000, que ao ser transferido para a atendente, chama até cair. 

Nossa equipe ressalta que ainda tenta contato e caso haja interesse do Hospital em se posicionar, o espaço está aberto.

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