Ícone do site Gazeta do Cerrado

Após documentos serem apreendidos no Detran, candidatos ficam com processos de CNHs parados

Candidatos ficaram com processos parados após operação — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Candidatos que tentam tirar a Carteira Nacional de Habilitação em Araguaína estão enfrentando demora na entrega dos resultados das provas teóricas. O motivo é que os processos que estavam em andamento no Detran foram apreendidos durante uma operação que investiga se auto-escolas da cidade venderam CNHs para candidatos que não prestaram nenhum tipo de exame.

A investigação é do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público Estadual do Tocantins. Durante as buscas na sede do Detran em Araguaína parte dos processos que estão em andamento também foi apreendida. Quem fez as avaliações de forma regular se sente prejudicado.

“Investi tempo, investi dinheiro, faltei aulas e simplesmente não estou tendo retorno. Além disso, eu moro sozinha. Eu preciso ir para faculdade, preciso ir para meus plantões e não tem como”, diz a jovem Luana Feitosa. O processo dela está parado há um mês e ela só vai poder começar as aulas práticas quando receber o resultado das provas teóricas.

Pelo menos outras 14 pessoas estão na mesma situação de Luana. O Governo do Tocantins disse que o Detran enviou um oficio ao MPE pedindo que as provas não relacionadas com a investigação sejam liberadas, mas ainda não recebeu resposta.

O MPE disse que não vai comentar o caso porque a investigação está sob sigilo e ainda em andamento. Não há previsão para que a situação volte ao normal.

O caso

A operação foi deflagrada no dia 13 de setembro. O vereador Gilmar Oliveira Costa (PSC), conhecido como Gilmar da Autoescola foi preso junto com outras sete pessoas sob a suspeita de que eles formavam uma quadrilha que vendia CNHs. A acusação é de que o candidato pagava de R$ 3 a R$ 4 mil para não passar pelas avaliações.

Os suspeitos foram sendo soltos nos dias seguintes e todos respondem ao processo em liberdade. O MP e a Polícia Civil trabalham agora para identificar quais candidatos foram beneficiados pelas fraudes e quem inseriu os dados falsos no sistema.

Fonte: G1 Tocantins

Sair da versão mobile