Equipe Gazeta do Cerrado
Foi solto nesta segunda-feira, 7, o primo do ex-governador Marcelo Miranda, Luciano de Carvalho Rocha. Ele é investigado na Operação Urutau da Polícia Federal (PF), pela suspeita de participar de desvio de verba pública e ocultação de capitais.
Segundo a PF, cerca de R$ 50 milhões podem ter sido desviados na época.
Luciano ficou preso quase sete dias após o cumprimento de um mandado de prisão temporária que havia sido prorrogado pela Justiça.
O investigado, sua esposa, Kamile Oliveira Salles e o ex-governador, foram presos no início do mês quando a operação foi deflagrada. Guilheme Costa de Oliveira, apontado como suposto laranja no esquema também foi preso.
Operação Urutau
A Polícia Federal deflagrou no dia 1º setembro a Operação Urutau,
visando desarticular organização criminosa voltada à prática de desvio de
recursos públicos e de lavagem de capitais por meio da utilização de “laranjas” e “testas-de-ferro”, com objetivo de dissimular ou ocultar a origem ilícita dos recursos e a real propriedade de bens e empresas.
Aproximadamente 15 policiais cumpriram na época em Palmas, quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária, todos expedidos pela 4a Vara Federal de Palmas/TO.
A investigação teve início com o desdobramento da operação “Reis do Gado”, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2016.
A ação de hoje visa aprofundar as investigações, tendo como foco um dos eixos da organização criminosa, consistente no desvio de dinheiro oriundo de contratos públicos, além de ativa participação no processo de lavagem desses recursos, falsificando documentos e utilizando-se de empresas em nome de “laranjas” ou “testas-de-ferro”. O valor total dos contratos públicos ligados às empresas deste eixo pode ultrapassar R$ 50.000.000,00.
O nome da operação faz referência ao pássaro urutau, conhecido como o rei da camuflagem.
A Gazeta do Cerrado tenta contato com os citados na matéria e ressalta que o espaço está aberto casa as partes queiram se manifestar sobre o assunto.