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Após impasse judicial e 3 dias de velório, Dad Charada finalmente é enterrado na Capital

Dad Charada

Dad Charada

Após três dias de velório e um impasse judicial, o corpo do presidiário Carlos Augusto Silva Fraga, conhecido como Dad Charada, foi finalmente sepultado na manhã desta quinta-feira, 27, em Palmas. A história ganhou repercussão nos últimos dias devido à recusa da família em enterrar o corpo, aguardando um novo laudo para esclarecer as causas da morte. O exame foi determinado pela Justiça.

Dad Charada, apontado como mandante de 50 mortes em Palmas, foi preso no Rio Grande do Sul e transferido para a capital tocantinense no dia 11 de julho. No último domingo (23), foi encontrado morto em uma cela do Presídio Barra da Grota, em Araguaína.

Embora a informação inicial aponte para um possível suicídio, a família não acredita nessa versão, pois Charada vinha recebendo ameaças. Os advogados Zenil Drumond e Iago Augusto Marinho entraram com um pedido judicial para que um novo exame fosse realizado pelo IML de Palmas, contestando o laudo do Instituto Médio Legal de Araguaína.

O corpo chegou a Palmas para o velório na madrugada de segunda-feira (24) e, desde então, estava sendo velado na casa da mãe de Carlos Augusto, na quadra 403 Sul.

A Justiça acatou o pedido na madrugada de terça-feira (27), porém, o corpo só foi recolhido pelo IML no início da tarde de quarta-feira, após a defesa alegar descumprimento da decisão. Após o exame, o corpo retornou à casa da família na noite de quarta-feira, prolongando o velório por três dias devido ao impasse judicial.

Morte na cela: O detento Carlos Augusto da Silva Fraga foi encontrado morto em uma cela do presídio Barra da Grota, em Araguaína, na manhã de domingo (23).

A Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju) informou que desde o momento de sua chegada na Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG), Carlos Augusto Silva Fraga, Dad Charada, recebeu todos os cuidados voltados aos custodiados do Sistema Penal do Tocantins, respeitando os Direitos Humanos.

A nota afirmou que o preso ficou em isolamento durante todo o tempo na UTPBG e que a ala onde ele estava alojado era monitorada em tempo integral.

“A Seciju está prestando todas as informações necessárias, juntamente com a Secretaria de Segurança Pública, a fim de sanar e esclarecer todas as dúvidas acerca deste caso”, dizia a nota.

Dad Charada foi preso no Rio Grande do Sul e transferido para o Tocantins em 11 de julho. Inicialmente, ficou na Casa de Prisão Provisória de Palmas, mas foi transferido para Araguaína dias depois.

Ele é apontado como mandante de pelo menos 50 mortes que aconteceram durante a onda de violência que tomou conta de Palmas no primeiro semestre.

Por muitos anos, Charada teria sido filiado a um grupo criminoso paulista que atua em todo o país. No entanto, recentemente, ele passou para outro grupo criminoso de origem carioca e declarou guerra à sua antiga facção.

“É ele [Charada] um dos principais responsáveis, senão o principal, por essa série de mortes”, disse o delegado Eduardo Menezes, da Delegacia de Homicídios de Palmas, durante coletiva realizada pela Secretaria de Segurança Pública em 12 de julho.

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