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Após morte de quilombola, comunidades vivem medo e preocupação: “estamos à mercê da própria sorte”

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Os quilombos estão em luto após a morte do Sr Marcelino de 87 anos. Ele era da Comunidade Quilombola Malhadinha em Brejinho de Nazaré e morreu por Covid.

Em entrevista à Gazeta do Cerrado, o coordenador da Coeqto, o jovem quilombola Evandro relatou a preocupação e apontou falta de um plano específico de assistência aos quilombos durante a pandemia. O Estado tem 44 comunidades quilombolas reconhecidas.

“A Coeqto vê com muita preocupação tudo isso”, disse.

Ele disse que os quilombolas tem reforçado a orientação para os moradores. “Não é fácil… precisamos de uma política estadual voltada aos quilombolas, estamos á mercê da própria sorte”, chegou a dizer.

Ele disse que as comunidades estão com medo deste momento.

Os quilombos receberam cestas básicas do governo estadual e também de um projeto da UFT.

Em Arraias, por exemplo, o presidente da Coeqto que mora na Comunidade Lagoa da Pedra:

“A prefeitura é totalmente ausente, é como se não existisse comunidades quilombolas”, disse.

“Estamos lutando para sobreviver e precisamos de apoio do município e do governo. Há ausência e descaso com a gente”, disse.

A Gazeta segue acompanhando a situação dos quilombos e solicitou informações aos Municípios sobre como estão acompanhando e dando assistência às comunidades.

Coronavírus nos quilombos

No Brasil, são 2.590 quilombolas com o novo coronavírus. A região Norte do Brasil concentra 39,9% do total de pessoas contaminadas, relacionadas no levantamento autônomo da Conaq, seguida pelas Regiões Sudeste e Nordeste com 33,7% e 26,01 %, respectivamente.

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