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Após prantos, mãe desabafa e acusa pizzaria de preconceito contra filho autista: “Dói demais numa mãe”

Reprodução

Lucas Eurilio

Um episódio lamentável de preconceito contra uma criança autista de 4 anos, teria sido registrado na Pizzaria Dom Vergílio, uma das mais antigas de Palmas, na noite deste sábado, 11.

A mãe da criança fez um triste desabafo nas redes sociais onde diz que a dona do estabelecimento destratou o garotinho enquanto ele estava passando por uma crise. (Assista no final da reportagem). 

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“Oi gente. Desculpa tá aparecendo aqui assim. Eu tô aqui na frente da Dom Vergílio, aonde meu filho que é autista acabou de receber uma discriminação da dona. Eu não estava aqui, estava em casa, minha irmã veio trazer ele aqui com minha mãe, e eu tava trabalhando. Ele teve uma crise, arranacou a frauda e foi super destratado e a gente veio correndo aqui pra ajudar, a moça pediu desculpas, mas dói demais numa mãe, saber que isso acontece com uma criança. Ela falou assim, ”desculpa, eu não sabia que ele era uma criança especial’ , mas mesmo se não fosse. Sabe gente, isso é muito doloroso”, disse.

No vídeo a mulher conta que quando chegou na pizzaria a irmã dela estava aos prantos  e disse que é muita tristeza saber que esse tipo de episódio vai acontecer novamente.

“E assim gente, por mais que a pessoa tenha pedido desculpas, não apaga a dor. Quando eu cheguei aqui minha irmã estava em prantos, meu filho só sabia gritar, chorar. Só porque ele tirou a frauda. Ele tem quase 5 anos, ele ainda não desfraudou completamente porque tem suas limitações e realmente assim, com muita dor no coração de saber que isso vai acontercer várias vezes. Meu Deus, até quando?”, questionou aos prantos. 

Após o vídeo viralizar em algumas páginas, a pizzaria pediu desculpas em um comentário.

“O Restaurante Dom Vergílio vem se manifestar e explicar ‘o certo’ o que aconteceu: A criança estava no espaço kids do restaurante e corria sem as roubas de baixo, expondo as partes íntimas. Sem nenhuma humilhção e desrespeito à criança e com quem a acompanhava foi apenas solicitado que pusesse a roupa. Tudo feito com o mais absoluto respeito. Não houve discriminação. Não se sabia da condição da criança. Foi antes de mais nada uma abordagem como seria qualquer um nessa situação e contexto. Só depois a acompanhante se pronunciou sobre o autismo e ficou tudo compreendido. Não tiramos a dor dessa mãe, a quem mais uma vez reiteramos o pedido de desculpas, feito pessoalmente no dia do ocorrido”.  

A Gazeta do Cerrado tenta contato com algum responsável pelo estabelecimento através do número 63-3212-1400 e das redes sociais, mas até o fechamento desta reportagem, nossas ligações não foram atendidas e não fomos respondidos.

O espaço segue em aberto caso a pizzaria tenha interesse em se posicionar sobre o assunto.

Nossa equipe entrou em contato também com a Anjo Azul Associação de Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas do Estado do Tocantins e aguardamos um retorno.

Assista

 

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