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Após reclamação, Sintet também é contra modelo de processo seletivo em escolas do Governo

José Roque, Presidente do Sintet - Foto Divulgação

Em resposta à Gazeta do Cerrado sobre as declarações do deputado estadual Ricardo Ayres (PSB) em relação às eleições para diretores das escolas públicas do Estado, o Sindicato dos Trabalhadores de Educação do Tocantins (Sintet), informou que não só não concorda com o modelo de processo seletivo da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), como já denunciou para os órgãos fiscalizadores.

Em nota, o sindicato diz defender a eleição direta para diretor de escola, com participação da comunidade escolar. Para o Sintet, é a comunidade que deve eleger a gestão, por meio do votos dos alunos, pais, responsáveis, zelador, vigia e professores, nos moldes do Plano Nacional de Educação (PNE) e do Plano Estadual de Educação (PEE), que conforme o sindicato, a Seduc ignora.

O Sintet diz que, a “garantia de condições para efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto”, conforme diz a Meta 19 – PNE 2014-2024- Lei n°13.005/2014.

A eleição direta para diretor é uma das reivindicações do Sintet pautada, discutida e reivindicada pela categoria há anos. Em 2014, na greve da rede estadual, o governo estadual fez acordo com o sindicato prometendo realizar a eleição. O edital chegou a ser publicado em 2015, mas a bancada legislativa do governo foi contra e o edital foi derrubado por decreto legislativo.

“A luta do Sintet pela eleição direta é justamente pelo fim das indicações políticas de diretores. Defendemos um processo legítimo, que a gestão escolar seja eleita por qualificação sim, de forma democrática e não por imposição política”, defende o presidente do Sintet, José Roque Santiago.

Entenda

Em seu discurso na manhã dessa quarta-feira, 21, o deputado estadual Ricardo Ayres (PSB), afirma estar acompanhando há algum tempo o processo de seleção de diretores de escolas. Segundo ele, alguns profissionais passaram no concurso, mas não foram nomeados. “Por que a diretora escolhida para escola de Cristalândia não foi nomeada?”, perguntou. Ele afirma que tudo não passa de interesses políticos do Estado.

Ricardo questiona, “Só vai para quem é aliado político do governo?.”

(Divulgação)

O outro lado

A Gazeta do Cerrado entrou em contato com Seduc para obter um posicionamento, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria.

 

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