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Após vereador chamar Halloween de “festa satânica”, Seduc esclarece que não há imposição para atividades em escolas

Equipe Gazeta do Cerrado

A Secretaria estadual da Educação do Tocantins encaminhou nota à Gazeta do Cerrado na qual reafirma que não há nenhuma imposição ou orientação para realização de festa de Halloween nas escolas estaduais. A reclamação foi do vereador Polêmico, Felipe Martins do PSC que já chegou a pedir a retirada do nome “Arco-Iris” de uma escola.

“A Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) informa que não procede qualquer informação sobre imposição ou orientação da Pasta para comemoração de Halloween nas escolas da rede.

As unidades escolares possuem autonomia para definir as atividades pedagógicas e culturais, realizadas durante o ano letivo, conforme a pasta. Estas atividades são inseridas no Plano Político Pedagógico de cada escola, documento que é construído de forma colaborativa com a comunidade escolar, incluindo representantes dos pais e dos estudantes.

A Seduc encerra reforçando que não há registro de nenhuma reclamação por ocasião de qualquer atividade pedagógica e/ou cultural desenvolvida no âmbito escolar.

Vereador reclamou

“Alguns pais de alunos me procuraram para dizer que estão indignados com a imposição da comemoração do Halloween em escolas do Tocantins. Os que optaram em não participar, por terem seus conceitos cristãos, estão sendo constrangidos a fazer trabalho explicando o porquê.”, foi o que disse o vereador Filipe Martins (PSC) na manhã desta quinta-feira, 31, durante sessão na Câmara.

Pedindo esclarecimentos a Secretaria Estadual de Educação, o vereador de Palmas demonstrou preocupação com a comemoração do Halloween, conhecido como Dia das Bruxas, segundo ele, uma festa macabra que não faz parte da cultura do estado.

Ele chegou a dizer: “Fica o meu repúdio e pedido de explicações. As crianças e adolescentes vestem fantasias de bruxas, vampiros, fantasmas e outros monstros para comemorar exatamente o quê?”, disparou.

“Não é todo pai e mãe que vai aceitar que seus filhos se vistam de diabos, bruxos e bruxas, se pintar dos mais bizarros personagens, e tudo isso para que? Para exaltar aquilo que não deve ser exaltado?”, lamentou.

Em maio deste ano, Filipe Martins reclamou na Câmara a extinção da comemoração do “Dia das Mães” das escolas do Tocantins.

“Querem tirar o dia das mães e comemorar o dia das bruxas. Não faz sentido dar espaço para uma festa diabólica e satânica como essa. O espirito santo precisa de liberdade para entrar e agir, já os demônios invadem. Em tempos de tantos suicídios e mutilações, não podemos dar espaço para isso ”, justificou.

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