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Aposentada de Araguaína luta há 6 meses por tratamento para não perder a visão

Sebastiana Jesus Nascimento

A aposentada Sebastiana Jesus Nascimento, de 66 anos, moradora de Araguaína, precisa de tratamento ocular com certa urgência.

Segundo ela, está com hemorragias nas veias dos olhos e corre risco de ficar cega, porém, o tratamento não é disponibilizado no Tocantins, e precisa ir para outro Estado. “A Secretaria não resolve meu problema, fica apenas jogando de um lado para o outro. Tento resolver isso desde julho do ano passado”, conta Sebastiana à Gazeta.

Conforme o laudo médico, o exame de fundoscopia de Sebastiana mostrou a presença de drusas maculares em ambos os olhos associados a hemorragia intra retiniana no olho esquerdo, quadro compatível com degeneração macular relacionado a idade.

O médico indicou com urgência “terapia anti-angiogênica intravítrea (LUCENTIS OU EYLIA) seriada em olho esquerdo. Esclarecendo que o atraso do tratamento poderá levar a baixa visual irreversível”. O requerimento para o tratamento foi feito em julho de 2022.

Sebastiana conta que também procurou a Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE), mas até o momento não teve êxito. “Vou praticamente todo mês lá, e a resposta sempre é a mesma. Que vão levar para juíza analisar e até agora nada. Praticamente já perdi a visão do olho esquerdo”, diz a aposentada.

O que diz a SES

A Gazeta solicitou um posicionamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Em nota, a Secretaria de Estado do Tocantins (SES-TO) informa que os atendimentos de oftalmologia estão sendo descentralizados para os municípios e que não há, na Central Estadual de Regulação, registro de solicitações de procedimentos para a paciente citada.

A SES-TO esclarece que o procedimento de terapia anti-angiogênica intravítrea nos olhos não é ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS), mas trabalha num processo licitatório de credenciamento de unidades privadas para o fornecimento do serviço aos pacientes que necessitam.

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