Alunos da Associação de Pais a Amigos dos Excepcionais (Apaes) de Porto Nacional, Paraíso e Palmas realizaram apresentações artísticas na Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) para celebrar o Dia Internacional da Síndrome de Down. Por meio das apresentações, os alunos mostraram gratidão, emocionaram o público presente e mostraram um pouco das ações que as entidades estão realizando.
A secretária Adriana Aguiar ressaltou a importância do momento em que os alunos mostraram estar tão cheios de vida e de amor e sempre sorridentes. “Assistindo a essas apresentações, passamos a ter um novo ânimo, a ser mais otimista e a ter certeza de que somos aquilo que queremos e podemos ser. Veja o exemplo da aluna Meiriele Gonçal, quem olha para ela percebe limitações físicas, mas ela consegue ser coreógrafa, dançarina, fisioterapeuta, mostra uma determinação, encanto e compromisso com a arte”, frisou a secretária. Na ocasião, Adriana ressaltou o trabalho realizado pelas equipes das Apaes. Atualmente, a Seduc mantém parceria com 30 associações no Tocantins.
A presidente da Federação das Apaes do Estado do Tocantins, Marciane Machado, destacou os trabalhos realizados por meio das parcerias, como a Secretaria da Saúde, da Educação, da Assistência Social e atualmente busca parcerias com o setor empresarial, visando a inserção de alunos no mercado de trabalho. “O nosso atendimento começa com o bebê, por meio da estimulação precoce, e vai com ações e atividades para crianças, jovens e adultos, proporcionando as condições para que esses estudantes tenham condições de viver em sociedade. Além disso, trabalhamos na defesa dos direitos das pessoas com deficiência, divulgando a Lei nº 13.146/2015, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência”, explicou Marciane.
A presidente da Federação lembrou que as apresentações dos alunos já é um preparatório para o festival estadual Nossa Arte, que será realizado nos dias 29 e 30 de maio.
Marciane falou que, atualmente, o que mais atrapalha o desenvolvimento de uma pessoa com deficiência, é a barreira atitudinal. “Por isso, hoje, estamos promovendo um almoço para os alunos no shopping, como forma de mostrar que as pessoas com deficiência são capazes e precisam conquistar seus espaços”, comentou.
A diretora da Apae de Palmas, Luziane Pereira Castro, compartilhou a sua experiência, que começou com o nascimento de sua filha com Síndrome de Down, Eva Luíza. “Quando conhecemos as famílias apaeana, acontece uma transformação, é como se entrássemos em outra dimensão. Lá deixamos de pensar somente nos nossos filhos e passamos a cuidar de todos”.
A estudante Clara Lopes, 12 anos, de Porto Nacional, disse que ficou muito feliz com a celebração. “Gosto de dançar, de participar de teatros e de estar em contato com as pessoas”, afirmou.
Já Meiriele, também de Porto Nacional, mostrou o seu carisma e conquistou o público. “Eu fiz como minha mãe me falou: faça bonito”.
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