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Arqueólogos encontram mais de 800 artefatos Maia em lago na Guatemala

PESQUISADORES FIZERAM CERCA DE 90 MERGULHOS NO LAGO PETÉN ITZÁ PARA ENCONTRAR ITENS MAIAS (FOTO: MATEUSZ POPEK)

Arqueólogos poloneses mergulharam no Lago Peten Itza, no norte da Guatemala, e encontraram mais de 800 de objetos maias, como taças cerimoniais e lâminas de rocha obsidiana que podem ter sido usadas para sacrifícios de animais.

Muitos dos artefatos eram pequenos pedaços de cerâmica, com alguns datando do período proto-clássico maia – entre 150 a.C. e 250 d. C. –, mas a maioria foi datada do pós-clássico maia, de 1000 d.C. a 1697 d.C.

De acordo com a líder da pesquisa, Magdalena Krzemień, da Universidade Jagiellonian, na Polônia, o Lago Peten Itza rodeava a antiga cidade maisa de Tayasal – onde atualmente é a cidade de Flores.

LÂMINA DE ROCHA OBSIDIANA ERA USADA PARA RITUAIS MAIAS (FOTO: MATEUSZ POPEK)

Os maiores artefatos são três tigelas de cerâmica, uma dentro da outra, e uma lâmina de faca de rocha obsidiana – semelhante às que eram usadas rituais antigos, sugerindo que poderia ter sido utilizada para sacrifícios.

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Pequenos ossos de animais também foram descobertos dentro de algumas das bacias, o que indicava que embarcações marítimas eram usadas para os sacrifícios. Segundo a pesquisadora, no entanto, também é possível que alguns bichos pequenos tenham morrido lá mais tarde.

O lago provavelmente desempenhou papel importante nos rituais. “A água tinha um significado muito especial e simbólico nas antigas crenças maias”, declarou Krzemień. “Foi pensado para ser o meio ou a porta para o mundo subterrâneo, o mundo da morte.”

Os maias sacrificavam animais e às vezes até os humanos aos seus deuses nos lagos e dolinas (cenotes) – cavidade natural profunda –, que são comuns na região.

Os pesquisadores estão examinando os itens para aprender mais sobre a cultura material do povo maia em diferentes épocas, além de entender como estavam relacionados com as práticas religiosas. Eles passaram um mês no lago em agosto e setembro de 2018, realizando um total de 90 mergulhos em várias profundidades.

POTE MAIA DE CERÂMICA NO FUNDO DO LAGO PETÉN ITZÁ (FOTO: MATEUSZ POPEK)

Fonte: Revista Galileu

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