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ARTIGO: Janelas para o Mundo

Fábio Faria é gerente de marketing da ASUS Brasil - Foto: Divulgação

Fábio Faria é gerente de marketing da ASUS Brasil – Foto: Divulgação

 

A pandemia do novo Coronavírus impôs mudanças drásticas e repentinas na vida e nos hábitos das pessoas. O dia a dia passou a ser visto e acompanhado através de janelas, fossem elas reais ou virtuais. E, por elas, foi possível conseguir uma brisa de esperança e de continuidade nos estudos, trabalho, entretenimento, cultura, informação, aprendizado, diversão, confraternização, apoio, compras, cursos, atividade física, procedimento burocrático e, até mesmo, uma consulta médica.

 

Sim, a pandemia, sem dúvida alguma, privou o mundo de muitas coisas e vai deixar uma cicatriz imensa na história. Por outro lado, provocou uma inquietude e uma necessidade de sobrevivência tamanhas, que foram capazes de tirar as pessoas de suas zonas de conforto e as impulsionar a novas e, em alguns casos, impensáveis experiências e descobertas. As pessoas experimentaram, ousaram e se reinventaram.

 

Neste cenário,  a internet foi a grande janela aberta em todo o mundo e, mesmo com a gradual retomada da economia e das atividades, seu alcance e avanço serão irreversíveis. A tecnologia foi e continuará sendo a força motora que permite ao mundo suas voltas necessárias só que, agora, sob uma nova perspectiva e com diferentes horizontes.

 

Em um curto período, a transformação digital alcançou uma velocidade jamais vista, possibilitando às pessoas, num simples clique, se reconectar a tudo que, de certa forma, foram privadas, mas com um ganho futuro incomensurável, ditando um novo comportamento onde se tornou possível ter, ao alcance dos dedos e na porta das casas, tudo o que fosse preciso e no momento em que solicitado.

 

Os smartphones e notebooks abriram os portais. Foi por meio deles que as pessoas encontraram as primeiras informações sobre a pandemia, as formas de proteção e fizeram as compras prioritárias. Foi, também, por intermédio deles que se habituaram, ao longo deste período, ao home office e às salas de aula virtuais e, também, por onde buscaram alternativas para ganhar dinheiro, economizar recursos, aprender uma nova língua ou ofício e, também, a passar o tempo.

 

Essa é uma via que não tem retorno. As empresas precisam se preparar, cada vez mais, para atender aos novos e mais exigentes anseios. A casa deixou de ser apenas um refúgio para se tornar uma verdadeira cabine de comando. De acordo com dados de uma pesquisa realizada no Brasil, pelo Google, 77% dos entrevistados disseram estar gastando mais tempo com seus smartphones, o que explica os grandes saltos de acessos a plataformas como o Youtube, os jogos mobile e, ainda, os aumentos de pedidos online.

 

Apenas no primeiro mês da pandemia, 40% da população brasileira entrou no Youtube, um número que, com certeza, segue crescente, com buscas por temas como jardinagem e hortas caseiras, alternativas para fazer fermento em casa, dicas de conserto e manutenção, receitas e exercícios físicos, sem que fosse necessário sair de casa. Houve, também, no mesmo período, um aumento de 329% nos downloads de apps de streaming no Brasil. E que, com certeza, segue sua tendência de crescimento. Escolher o que, como, quando e por quanto tempo se quer ver alguma coisa parece algo sem volta.

 

A busca por jogos online, até abril, já tinha crescido 81% com requintes e personalizações que têm permitido até encontros virtuais e confraternizações dentro de suas plataformas. E, no que diz respeito ao entretenimento e show business virtual, as lives com grandes nomes da nossa música bateram recordes de audiência e anônimos da vida real tornaram-se as verdadeiras celebridades da internet.

 

Os grandes museus também abriram suas portas para o mundo e bateram recordes de visitação virtual. No Brasil, por exemplo, a Pinacoteca, em São Paulo, registrou, em março, 5 mil visitantes, cerca de cinco vezes mais que a média mensal de dois anos para cá, além de 5 mil novos seguidores no Instagram.

 

E, para falar em consumo, se compararmos abril de 2019 com abril deste ano, de acordo com o Webshoppers, o crescimento de pedidos online foi de 98%, considerando todos os segmentos de consumo. E, somente no primeiro semestre do ano, o índice de pagamentos com smartphones, feitos por aproximação, cresceu de 17% para 23%.

 

O que vemos é que a indústria já habituada com os acessos onlines terá que aperfeiçoar suas ofertas de serviço e os segmentos que, até então, desconheciam os caminhos digitais precisarão acelerar seus motores para alcançá-los. A nós, da indústria de tecnologia, não restará saída a não ser trabalhar, de forma incansável, para tornar essa jornada mais fácil para as empresas e as pessoas.

 

Encontrar a equação dos melhores recursos, dos atalhos e facilidades, da agilidade e do custo será uma tarefa diária, mas satisfatória para todos nós. Tudo o que alimenta, educa, corrobora e entretém tem motivado a nossa indústria de tecnologia. Seremos os construtores e arquitetos dos novos lares, desenhando portas e janelas que facilitem os novos acessos para o mundo.

Por Fábio Faria

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