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Às margens do rio Sono, Encontro Cultural Xerente preserva cultura de indígenas no Tocantins

As tradições e o respeito aos costumes, foram destaques  no 1º Encontro Cultural Xerente, realizado nesta sexta-feira, 4, na aldeia Novo Horizonte, às margens do Rio Sono, no município de Tocantínia, na região central do Tocantins.

A programação contou com a participação dos caciques e lideranças regionais, além da comunidade da aldeia e localidades próximas. A programação, que havia sido adiada devido à pandemia, foi realizada em uma nova data seguindo os protocolos sanitários recomendados. A organização decidiu adaptar e manter a programação pela necessidade de, apesar das adversidades, manter e reforçar a cultura Xerente.

Para o cacique da aldeia Novo Horizonte, Pedro Filho Xerente, é necessário preservar a cultura dos povos originários para mantê-la forte e valorizada. “Para que nossas crianças e jovens conheçam e deem prosseguimento. Além de facilitar que pessoas de fora também conheçam nossos costumes”, disse. “Devemos trabalhar para que a cultura se mantenha vigorosa, progredindo de uma forma dinâmica, sem perder suas características”, completou.

De acordo com o prefeito de Rio Sono, Itair Martins, os organizadores do encontro precisam ser parabenizados por promover ações que valorizam a cultura indígena, que tanto já contribuiu  para o desenvolvimento de nossa região. “Apesar da necessidade da integração do homem branco e os indígenas, temos que reverenciar a diversidade, o respeito, e a cooperação entre todos”, afirmou.

Segundo, Núbia Dourado, gerente de Fomento e Promoção da Cultura da Adetuc (Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa), o evento foi de extrema importância para elevar a autoestima  do povo  Xerente, com a realização deste projeto, que oportunizou um momento marcante, tanto para anciãos, adultos, jovens e crianças. “Queremos valorizar e fomentar a cultura indígena tocantinense, por isso apoiamos o projeto que possibilita maior união dessa etnia e integração entre eles”, ressaltou.

A programação do evento contou, no período da manhã, com exposição de artesanato, dança tradicional, dinâmica com as crianças e culinária original. No período da tarde, o evento prosseguiu com competição de arco e flecha e corrida da tora de Buriti. O encerramento foi marcado pela premiação  dos competidores vencedores.

Participaram do evento, que foi adaptado para cumprir os protocolos sanitárias recomendados durante a pandemia, somente integrantes da aldeia e de localidades próximas, além de convidados e uma equipe de filmagem. Todos devidamente testado para a Covid-19.

A equipe de filmagem produzirá um audiovisual, com a finalidade documentar e divulgar a cultura dessa etnia de povos originários do Tocantins em escolas da rede municipal e estadual de ensino, além de outras instituições públicas.

A iniciativa, desenvolvida pelo Instituto Terra Dourada, foi uma das contempladas com recursos da Lei Aldir Blanc, com destinação dos recursos coordenada no Tocantins pela Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc).

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