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Assassinato de líder do MST gera repercussão: “deixa um legado de luta e motivação”

A morte líder do MST no Bico do Papagaio, Raimundo Nonato Silva de Oliveira, conhecido como Cacheado, de 46 anos, que foi assassinado enquanto dormia com a esposa em casa, durante a madrugada desta terça-feira, 13, causou comoção e repercussão em todo o Tocantins.

Políticos, líderes, defensores dos direitos humanos demitiram notas de pesar a Cacheado.

Veja íntegra das notas:

Deputado Zé Roberto Lula

Não podemos silenciar diante da violência e hoje a luta da Classe Trabalhadora camponesa do Tocantins perde uma grande liderança,  uma importante voz. Raimundo Nonato Silva Oliveira, o companheiro Cacheado, de Araguatins, foi assassinado na madrugada desta terça-feira, 13, em sua residência enquanto dormia.

 

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Cacheado tinha 46 anos e deixou um legado de luta em prol da terra, da reforma agrária e da liberdade da classe trabalhadora. Lamentamos profundamente sua morte e com o pedido de justiça, deixamos nossos sentimentos de conforto aos familiares e amigos.

 

Cacheado, Presente!

 

Zé Roberto

Deputado Estadual e presidente do PT-TO

Paulo Mourão

Com imensa tristeza recebemos a notícia do falecimento do querido companheiro Raimundo Oliveira, conhecido como Cacheado, que nos deixou de uma forma brutal e prematura na madrugada desta terça-feira, 13.

Cacheado foi parte importante da nossa luta pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo em Araguatins, deixa um legado de luta e motivação para os mais jovens e uma história construída com muito trabalho, suor e dedicação que nunca será esquecida.

Que Deus possa confortar nossos corações, dos familiares e amigos, que encontremos forças nesse momento de tão difícil dor.

Paulo Mourão e família

Nota do advogado e presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB, Cristian Ribas

Na madrugada desta terça-feira (13), o militante do MST, Raimundo Oliveira, de 46 anos, popularmente conhecido como Cacheado, foi executado dentro de sua residência, no bairro Vila Cidinha, na cidade de Araguatins (TO), na região conhecida como Bico do Papagaio.

Cacheado foi um militante valoroso, contribuindo em toda sua vida para a organização das famílias Sem Terra. Sua luta será lembrada e sua história alimentará a luta do MST por Reforma Agrária!

O MST exige justiça para Cacheado, que seus assassinos e mandantes sejam identificados, detidos e julgados, para evitar mais assassinatos no campo! Lutar não é crime! Basta de violência no campo!

Aos nossos mortos, nenhum minuto de silêncio, mas uma vida inteira de lutas!

PSOL

Na madrugada desta terça-feira (13), o militante do MST e Dirigente do PSOL Araguatins – Tocantins, Raimundo Oliveira, de 46 anos, popularmente conhecido como Cacheado, foi executado dentro de sua residência, no bairro Vila Cidinha, na cidade de Araguatins (TO), na região conhecida como Bico do Papagaio.

Cacheado foi um militante valoroso, contribuindo em toda sua vida para a organização das famílias Sem Terra. Sua luta será lembrada e sua história alimentará a luta do MST por Reforma Agrária!

O MST exige justiça para Cacheado, que seus assassinos e mandantes sejam identificados, detidos e julgados, para evitar mais assassinatos no campo! Lutar não é crime! Basta de violência no campo!

Aos nossos mortos, nenhum minuto de silêncio, mas uma vida inteira de lutas!

PT

É com imenso pesar que informamos o assassinato do grande líder camponês, Raimundo Nonato Silva de Oliveira, conhecido como Cacheado, ocorrido na madrugada desta terça-feira, 13, em Araguatins, no Bico do Papagaio. 

 

Cacheado era líder do Movimento Sem Terra (MST) no Tocantins, tinha 46 anos e foi covardemente assassinado enquanto dormia com sua esposa em casa. O Partido dos Trabalhadores do Tocantins (PT-TO) vem a público exigir das autoridades, justiça a esse crime brutal e a punição máxima aos assassinos.

 

O PT-TO expressa seus sentimentos e deixa o compromisso, junto aos familiares e companheiros de luta de Cacheado, que vamos continuar a luta em favor da terra, da justiça social e da igualdade de oportunidades.

 

Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Tocantins 

Defensoria Pública do Estado do  Tocantins (DPE-TO)

A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), especialmente por meio de seu Núcleo Especializado da Defensoria Pública Agrária (DPagra), vem a público manifestar seu pesar pela morte violenta do líder popular e militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Norte do Tocantins, Raimundo Nonato Oliveira, 46 anos, conhecido como Cacheado. Conforme o MST, o Militante foi assassinado na madrugada desta terça-feira, 13, com dois tiros, enquanto dormia em sua casa em Araguatins, município localizado a 605 Km de Palmas, na região do Bico do Papagaio.

 

Cacheado tinha grande representatividade no MST no Tocantins. Como militante do Movimento e também como cidadão, era presença constante em diferentes ações e atividades realizadas pela Defensoria Pública, como atendimentos itinerantes, reuniões e debates de iniciativa do DPagra. O seminário realizado em julho deste ano pelo DPagra e Escola Superior da Defensoria Pública (Esdep), em Palmas, sobre decisões possessórias coletivas, foi a participação mais recente de Cacheado em iniciativas da Instituição, oportunidade em que acompanhou as palestras e debates. 

 

A história de vida e de militância de Cacheado é comum a muitos assistidos e assistidas da Defensoria Pública, já que desde muito jovem ele vivenciou na família e nas comunidades que viveu as ofensivas e os riscos relacionados a conflitos de terra.

 

Conforme o MST, o pai de Cacheado foi assassinado por pistoleiros quando o Militante era apenas uma criança, o que o motivou a se envolver na luta popular pelo direito à terra. Ainda conforme o Movimento, Cacheado era alvo na região do Bico do Papagaio, tendo sofrido tentativas de assassinato no período de 2000 a 2015.

 

A morte de Cacheado representa uma grande perda para os movimentos sociais do Tocantins. Do mesmo modo, a Defensoria Pública perde um importante parceiro popular na luta pela defesa dos direitos de todos e todas, especialmente em suas atuações coletivas em defesa de trabalhadores e trabalhadoras rurais e de comunidades que vivem em assentamentos.

 

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