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Ataques virtuais aumentam 333% durante pandemia

Trabalho em casa, aulas onlines, comunicação com amigos e familiares por videoconferência ou videochamadas, entretenimento online, compras e pagamentos também online. A pandemia do Covid-19 nos isolou em casa, mas nos deixou vulneráveis no ambiente virtual. Para se ter ideia, ataques direcionados a ferramentas que permitem o acesso remoto aumentaram 333% no Brasil, entre fevereiro e abril, segundo levantamento da Kaspersky, plataforma digital especializada em cibersegurança.

A pandemia agravou um problema que já vinha crescendo. Entre 2017 e 2018, o número de ataques cibernéticos no País praticamente dobrou, aumentando 95,9%, segundo relatório do laboratório brasileiro da Psafe, empresa líder nacional em soluções para segurança digital. O mesmo estudo aponta que um em cada cinco brasileiros já teve sua identidade na internet roubada.

De acordo com Hugo Nogueira, diretor da Master House Treinamento e Consultoria, empresa que integra o hub de tecnologia e inovação Instituto Gyntec Academy, mais de 90% das senhas geradas pelas pessoas no Brasil para acesso a dados são suscetíveis a ataques. Para ele, a grande maioria dos brasileiros não têm a consciência sobre a importância de se ter boas práticas em seguranças de dados e há carência de profissionais como Data Protection Officer, ou Encarregado de Proteção de Dados, em bom português.

“Hoje existem métodos sofisticados e algoritmos para quebrar senhas. Os criminosos também utilizam ataques de engenharia social, persuadindo ou abusando da confiança dos usuários. Isso traz sérios riscos para a segurança e a privacidade das informações sejam elas pessoais ou corporativas, por isso é extremamente necessário mudança de hábitos através de programas de capacitação e conscientização sobre estes desafios de um mundo cada vez mais digital”, explica

Hugo Nogueira, que é especialista em gestão de serviços, governança e transformação digital, desenvolveu a formação em Data Protection Officer, oferecida pela Master House. O curso abre uma nova turma no próximo dia 10 de agosto e as inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo endereço eletrônico www.masterhouse.com.br/data-protection-officer ou no portal do Gyntec Academy.

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Segurança da informação

O Data Protection Officer ou DPO é o profissional responsável por gerir, aconselhar e verificar sobre as práticas de segurança da informação nas empresas e instituições. É também quem averigua se estão sendo cumpridos os preceitos estabelecidos na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e no General Data Protection Regulation (GDPR ou Regulamento Geral de Proteção de Dados), legislação europeia sobre o tema.

Conforme Hugo, num mundo em que pessoas e empresas se vêm obrigadas a gerenciar diariamente e forma segura uma quantidade gigantesca de dados, o Data Protection Officer é uma promissora profissão do futuro. “A ideia é fornecer capacitação para formar multiplicadores de práticas internacionais de segurança da informação e privacidade de dados com intuito de apoiar indivíduos e organizações neste cenário complexo e com grandes desafios que revolução industrial 4.0 e mundo tecnológicos trazem”, afirma.

Uma pesquisa apresentada este ano pela empresa global em segurança virtual Kaspersky, aponta que cerca de 40% das empresas brasileiras não têm políticas de cibersegurança estabelecidas ou não informaram seus colaboradores de sua existência. “A falta de investimentos em segurança da informação nas empresas, pode causar danos de reputação, financeiro ou até mesmo de competitividade pelo vazamento de informações estratégicas e essenciais do negócio”, destaca Hugo Nogueira.

Fonte: Comunicação sem Fronteiras

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