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Atentado contra Trump mexe na campanha e na segurança dos EUA. Entenda


Olhos do mundo inteiro estarão voltados aos Estados Unidos nos próximos dias para ver como a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump influenciará a corrida pela Casa Branca. O candidato republicano foi atingido por um tiro de raspão na orelha direita enquanto discursava a apoiadores em comício na cidade de Butler, na Pensilvânia.

Começa nesta segunda (15/7) a Convenção Republicana que escolherá o candidato a vice de Trump. A forma como o episódio será explorado politicamente na ocasião pode ampliar ainda mais a vantagem do magnata sobre o atual presidente dos EUA, Joe Biden, que tem até mesmo a própria candidatura questionada após mostrar confusões mentais em diferentes pronunciamentos.

A probabilidade de vitória do republicano disparou em bolsas de aposta do país depois do ataque.

Na rede Truth Social, Trump reconheceu que pensou em adiar a viagem para Milwaukee, em Wisconsin, onde será realizada a Convenção Republicana, por dois dias. “Mas acabei de decidir que não posso permitir que um ‘atirador’ ou potencial assassino force mudanças no cronograma ou em qualquer outra coisa”, escreveu.

Biden, por outro lado, fez pronunciamento na Casa Branca, no domingo (14/7), sobre o ocorrido. O presidente norte-americano anunciou, depois de se reunir com autoridades nacionais de segurança, que uma investigação independente será feita. O democrata comunicou que seu rival terá a segurança reforçada, sem limite de recursos, para proteger a realização da Convenção Republicana.

Ao lado da vice-presidente do país, Kamala Harris, Biden foi informado sobre o andamento das apurações em um “briefing atualizado na Sala de Situação da Casa Branca de autoridades de segurança interna e policiais”.

Presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson também anunciou uma investigação completa conduzida pelo Congresso norte-americano. “Para determinar onde houve falhas na segurança e qualquer outra coisa que o povo americano precise e mereça saber”, explicou. A diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, foi convidada a depor em audiência marcada para 22 de julho.

O atirador

O FBI informou que o atirador, Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, agiu sozinho. De acordo com a instituição, o ataque é investigado como ato de “terrorismo doméstico”. Bombas foram encontradas no carro e na casa do rapaz, que foi morto pelo Serviço Secreto instantes após os tiros.

Ele estava posicionado no telhado de um prédio a cerca de 120 metros do ex-presidente Donald Trump durante o comício. O serviço secreto norte-americano encontrou com ele um fuzil AR-15, que teria sido comprado legalmente por um familiar dele, segundo o jornal The New York Times.

Crooks não tinha passagem pela polícia e estava sem documentos, o que atrasou a identificação, que foi feita por análise de DNA. Ele vivia no distrito de Bethel Park, a 70 Km do local em que era realizado o evento.

Homem morto era bombeiro

O homem que morreu durante o atentado, atingido por um dos tiros, foi identificado como Corey Comperatore, de 50 anos. De acordo com as autoridades locais, Comperatore era bombeiro e atuou anteriormente como chefe do Corpo de Bombeiros Voluntários de Buffalo Township. Ele deixa duas filhas e esposa.

Durante comunicado à imprensa, o governador da Pensilvânia, o democrata Josh Shapiro, afirmou que a esposa de Comperatore “pediu que eu compartilhasse com todos vocês que Corey morreu como herói, que Corey mergulhou em sua família para protegê-los ontem à noite, neste comício”.

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