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Atirador que matou 11 pessoas em sinagoga nos EUA fazia posts antissemitas na web

Homem matou 11 pessoas em tiroteio - Reprodução Jornal O Globo

O atirador quematou 11 pessoas e feriu outras seis, incluindo quatro policiais, em uma sinagoga no estado americano da Pensilvânia, neste sábado, apresenta um histórico de posts antissemitas em uma rede social. Segundo fontes policiais ouvidas pela imprensa local, Robert Bowers, de 46 anos, gritou “todos os judeus devem morrer” no momento em que invadiu a cerimônia religiosa.

Durante o curso de seu ataque mortal contra as pessoas na sinagoga, Bowers citou o genocídio e seu desejo de matar os judeus — afirmou Scott Brady, promotor do distrito oeste da Pensilvânia, em uma entrevista coletiva.

Uma das publicações antissemitas foi feita no próprio dia do ataque, considerado o mais violento contra a comunidade judaica nos Estados Unidos. O atirador escreveu que a Sociedade de Ajuda ao Imigrante Hebreu “gosta de trazer invasores que matam nosso povo”.

“Não posso me sentar e ver meu povo ser morto. Dane-se seu ponto de vista, eu vou entrar (na sinagoga)”, afirmou na rede social Gab, fundada nos Estados Unidos em 2016 , para fugir do monitoramento feito por Facebook e Twitter, para abrigar quem foi banido de outras redes por espalhar fake news ou discursos de ódio.

A empresa confirmou, em nota, que o perfil com o nome do agressor é verdadeiro e foi suspenso, e que está em contato com o FBI sobre o assunto.

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Em um post anterior, Bowers criticou o presidente Donald Trump por não fazer nada para impedir uma “infestação” dos judeus no país.

Bowers foi preso após entrar em confronto com uma equipe da SWAT. Bowers foi levado para um hospital com vários ferimentos de bala, e se encontra em condições estáveis. Os procuradores federais acusaram-no de 29 acusações criminais, incluindo crimes de violência e violação dos direitos civis dos EUA. O procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, disse que os promotores federais podem buscar a pena de morte para Bowers, medida defendida por Trump.

A lista dos nomes das vítimas foi divulgada por autoridades federais em uma coletiva de imprensa neste domingo.

Após um trabalho difícil dos legistas, as 11 vítimas foram identificadas e notificamos as famílias — afirmou Robert Jones, agente do FBI que comanda a investigação.

Segundo Karl Williams, chefe da equipe médica, entre os mortos, com idades entre 54 e 97 anos, estão o casal Bernice e Sylvan Simon, de 84 anos e 86, respectivamente, e dois irmãos, Cecil e David Rosenthal, de 59 e 54. A vítima mais velha foi identificada como Rose Mallinger, e as demais como Joyce Fienberg, de 75 anos, Richard Gottfried, 65; Jerry Rabinowitz, 66; Daniel Stein, 71; Melvin Wax, 88; e Irving Younger, 69.

Quanto aos feridos, duas pessoas estão em estado crítico em hospitais da área e outras três, incluindo dois policiais, estão em condição estável. Um policial foi atendido no sábado e recebeu alta no mesmo dia.

O ataque gerou alertas de segurança nas sinagogas em todo o país. Na última semana, foram interceptadas várias cartas-bombas endereçadas a importantes figuras políticas, a maioria democratas, incluindo o ex-presidente Barack Obama.

Jones disse que a cena do crime foi a pior que ele viu em 22 anos trabalhando no órgão federal. Jones acredita que Bowers, armado com um fuzil e três pistolas, estava agindo sozinho.

Fonte: Jornal o Globo

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