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ATM se manifesta sobre episódio em aldeia de Lagoa e defende prefeito

A Associação Tocantinense de Municípios enviou nota à imprensa na qual se manisfesta sobre episódio em aldeia de Lagoa da Confusão, ocasião que o prefeito da cidade Nelsinho tentou levar mantimento à Aldeia.

Entenda o assunto – Prefeito tenta entrar em Aldeia e é barrado por indígenas

Veja íntegra da nota

Nota à Imprensa

A Associação Tocantinense de Municípios (ATM) busca entender o episódio ocorrido no município de Lagoa da Confusão nesta quarta-feira (24), quando a equipe da Prefeitura de Lagoa da Confusão teria sido barrada na entrada da Aldeia JK, no território da Ilha do Bananal, para promover a entrega de kits alimentícios e de higiene pessoal aos indígenas para assistencialismo e proteção individual em tempos de pandemia do novo coronavírus (COVID-19).

Isso porque medidas como essa tem sido desenvolvida pelos governos locais e estaduais em todo Brasil e também no Tocantins, sem entraves ou impedimentos. Por exemplo, em março deste ano, aldeias da Ilha do Bananal receberam mais de 500 cestas básicas em ação do governo estadual. A ATM frisa que a ações como essa da Prefeitura de Lagoa da Confusão são fundamentais e essenciais para que as comunidades indígenas sejam acolhidas nesse momento difícil que estamos passando, e apoia e recomenda os demais Municípios tocantinenses com comunidades indígenas em seus territórios a promoverem ação semelhante.

Porém, uma das indígenas da Aldeia JK teria tentado barrar a equipe da prefeitura de entregar os kits, argumentando “mau exemplo” e questões eleitoreiras, e de que a equipe, no qual o prefeito de Lagoa da Confusão, Nelsinho, integrava, estaria descumprindo medidas de distanciamento social. Curiosamente, os indígenas mudaram de opinião rapidamente e autorizaram a entrada de parte da equipe, contrariando o próprio argumento de distanciamento pessoal.

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Ainda de forma bastante curiosa, a ATM observou que um dia depois da ação, a Câmara de Vereadores de Lagoa da Confusão aprovou por unanimidade uma Moção de Repúdio contra o prefeito, pelo fato de promover um projeto de assistencialismo, cidadania e saúde às aldeias indígenas do Município. Conforme a ATM apurou a ação da Prefeitura de Lagoa da Confusão é denominada “Inclusão e Ação” e ocorre, anualmente, desde o primeiro ano da atual gestão. Durante a pandemia, o projeto foi reformulado e, além de alimentos, a Prefeitura de Lagoa da Confusão leva máscaras e álcool em gel para as aldeias, visando a garantia de direitos aos povos indígenas. Antes de se deslocar para a aldeia, a equipe passou por prévia avaliação médica.

Por fim, a ATM conclui que por ser um projeto anual, a ação não tem viés eleitoral, e trata-se um programa de governo contínuo. A ATM busca entender a vedação imposta pelos líderes indígenas ao prefeito Nelsinho e equipe de adentrar a aldeia.  Ainda, a entidade busca entender a Moção de Repúdio contra o prefeito, tendo em vista que nenhuma ação de repúdio foi feita pelos vereadores de Lagoa da Confusão contra o Estado, quando esse se propôs a fazer algo semelhante às aldeias da Ilha do Bananal.

Sem mais a declarar.

Jairo Mariano

Presidente

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