Ícone do site Gazeta do Cerrado

Ator decide doar direitos autorais da música “Fábio Assunção” para tratamento de dependentes

Foto: Divulgação

“Um ato de irmandade, entre quem sente essa dor e quem tem voz para ampliar a conscientização das pessoas”. Foi com essas palavras que o ator Fábio Assunção anunciou que doará 100% da receita arrecadada com a música “Fábio Assunção” para instituições que tratam dependentes químicos.

O ator fez um acordo com os músicos Gabriel Bartze e Bruno Magnata, da banda La Fúria, autores da música que leva o seu nome e que fala sobre sua dependência química e seu alcoolismo.

“Antes de qualquer coisa eu preciso falar com as pessoas que passam pelo mesmo problema que eu. Eu não endosso, de maneira nenhuma, essa glamourização ou zueira com a nossa dor. Minha preocupação é com quem sente na pele a dor de ser quem é. Com as suas famílias”, disse o ator em um vídeo publicado no seu Instagram.

Fábio Assunção diz que jamais pensou em censurar a música, mas “entre não censurar e deixar de conscientizar, existe um abismo que não me conforta”. Enfatiza que não tinha interesse em tornar o acordo um assunto público, mas que a decisão foi tomada em conjunto com sua equipe de comunicação e com o corpo jurídico que o atende.

Também no Instagram, Bruno Magnata, vocalista da La Fúria, afirma que Fábio Assunção convidou a banda para defender uma causa importante, em vez de censurar a música, e disse ser contra a dependência química e o álcool exagerado. Magnata diz também que o acordo envolve a mudança da letra da canção

“Vamos doar toda a receita gerada pela música para instituição. Em nome de toda a família La Fúria, quero agradecer o carinho de vocês e dizer que o Fabão tá com a gente”, conclui.

Confira na íntegra o pronunciamento de Fábio Assunção:

“Oi Gente… eu não pretendia tornar esse assunto público por vários motivos, mas a imprensa resolveu comentar e os meninos foram bem generosos fazendo o vídeo deles explicando nosso acordo sobre a música Fabio Assunção.


Antes de qualquer coisa eu preciso falar com as pessoas que passam pelo mesmo problema que eu. Eu não endosso, de maneira nenhuma, essa glamourização ou zueira com a nossa dor. Minha preocupação é com quem sente na pele a dor de ser quem é. Com as suas famílias.


Para além disso, eu quero dizer que jamais me passou pela cabeça censurar a criatividade das pessoas, quando vi a tal zueira tomar proporções gigantescas como a música. Mas entre não censurar e deixar de conscientizar, existe um abismo que não me conforta.
15% das pessoas do mundo tem problemas de adicção. É muita gente sofrendo por não conseguir controlar suas compulsões e eu acho importante lembrar a todos que isso não tá escrito na certidão de nascimento. Todo mundo começa do mesmo jeito. Achando que tudo bem. E pode não terminar tudo bem.


Foi pensando nisso que eu, minha equipe de comunicação e o corpo jurídico que me atende, decidimos entrar em contato com os meninos e tornar essa história um ato propositivo de ajuda a quem precisa e de conscientização de quem pode ainda acreditar ser um super herói. 100% dos valores arrecadados com a música serão doados para as instituições A e B que vamos informar posteriormente como um ato irmanado entre quem sente essa dor e quem tem voz para ampliar a conscientização das pessoas.


Nós não somos super heróis. Cuide de vc, cuide de quem você ama, cuide dos seus amigos nas festas. Seja responsável. Olhe pro outro e pra você, e se estiverem passando dos limites, ativem o modo! Lembrem que o Fabão aqui respeita a zueira, ama a brincadeira, mas quer vocês bem e vivos! Fortes, felizes e conscientes de seus atos e de suas vidas.”

 

 

 

Fonte: Razões para acreditar

Sair da versão mobile