De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a melhor forma de evitar a propagação do novo coronavírus é o isolamento social, que contribui para o achatamento da curva da Covid-19. Apesar de ser a melhor opção, para as mulheres vítimas de violência doméstica a permanência de maior tempo em casa com seus agressores têm provocado graves consequências emocionais, psicológicas, patrimoniais e físicas, e com isso aumentado o número de pedidos de ajuda na Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – Ligue 180.
Dados da Central – Ligue 180 revelam que o número de ligações para o canal aumentou quase 9% durante esse período de pandemia. Segundo divulgado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), a média diária entre os dias 1 e 16 de março foi de 3.045 ligações recebidas, já entre os dias 17 e 25, foram 3.303 ligações.
A gerente de Políticas e Proteção às Mulheres da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), Flávia Laís Munhoz, corrobora com os dados apresentados e considera que o maior contato da mulher vítima com o agressor, pode contribuir para o aumento da violência doméstica durante o período de reclusão social, devido a pandemia da Covid-19. “O maior período de aproximação com o agressor, associado ao estresse do isolamento, falta de recursos financeiros, uso de bebidas alcoólicas e outras drogas são alguns dos fatores que podem contribuir para o aumento da violência. Dessa forma, torna-se essencial o fortalecimento da rede de proteção à mulher, para que a mulher vítima de violência possa ter onde recorrer”, destacou.
Apoio a mulher vítima de violência
Flávia afirma que o apoio às vítimas de agressão continua sendo realizado, através dos diversos órgãos que fazem parte da rede de proteção a mulher e que é necessário que se faça a denúncia para se combater esse tipo de comportamento, seja ela realizada pela própria vítima ou por qualquer pessoa que presencie situação de violência física, psicológica ou sexual, além de danos morais ou patrimoniais à mulher.
Rede de proteção
A rede de proteção, composta por instituições como Delegacias Especializadas em Atendimento da Mulher (Deam), Centros de Referência e Atendimento à Mulher (CRAM), Ministério Público e Defensoria Pública continuam atuando em defesa das mulheres. Um exemplo disso é o Centro de Atendimento à Mulher (CRAM) de Arraias, ligado a Seciju, que permanece realizando os atendimentos e adotou todas as medidas de prevenção a Covid-19 quando realiza visitas domiciliares, solicitadas pela delegacia ou defensoria.
Onde pedir ajuda
Central de Atendimento à Mulher: 180
Defensoria Pública do Tocantins:
- Araguaína e região: 3411-7418
- Gurupi: 3315-3409 e 99241-7684
- Palmas: 3218-1615 e 3218-6771
- Porto: 3363-8626
Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher:
- Araguaína: 3411-7310/ 3411-7337
- Palmas Centro: 3218-6878 / 3218-6831
- Palmas Taquaralto: 3218-2404
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis:
- Arraias: 3653-1905
- Colinas: 3476-1738/ 3476-3051
- Dianópolis: 3362-2480
- Guaraí: 3464-2536
- Gurupi: 3312-7270/ 3312-2291
- Miracema: 3366-3171/ 3366-1786
- Paraiso: 3361-2277/ 3361-2744
- Porto nacional 3363-4509/ 3363-1682
Disque Direitos Humanos: 100
Ministério Público do Estado do Tocantins: 0800 – 646 – 5055 ou na lista informada no site do MPE.
Política Militar: 190