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Avião e drone ajudam no combate ao fogo nos arredores de Palmas; TO é o 5º que mais queima no país

A Praça Joaquim Maracaípe, no centro do Distrito de Taquaruçu, foi o ponto de partida da Fiscalização Integrada Contra os Incêndios Florestais no entorno de Palmas. Diversos órgãos se reuniram para o trabalho conjunto e, desde às 8h da manhã deste sábado, 19, percorrerem um raio de aproximadamente 50km para conter os crimes ambientais na Serra do Lajeado, no Parque Estadual do Lajeado e nos arredores da Capital.

As fiscalizações já ocorrem desde o início de agosto. Contudo, hoje, as áreas na zona rural de Palmas estão sendo priorizadas com o uso de avião, drones, viaturas e mais 80 agentes para as ações. Quem for pego em flagrante delito será autuado por crimes ambientais. Até uma equipe de peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil integra os trabalhos.

“Esse é um período muito crítico em nossa região com as queimadas, e a população precisa se conscientizar e aderir ao manejo adequado do solo, sem o uso do fogo em suas atividades. Do contrário, todos continuaremos a perder em termos de qualidade de vida e também nas questões ambientais”, destacou o coronel Reginaldo Leandro da Silva, comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar e coordenador Estadual da Defesa Civil.

Igualmente nos últimos 20 dias, o céu em Palmas amanheceu encoberto pela fumaça das queimadas neste sábado, e isso até serviu para facilitar os rumos das equipes em campo. Todo o trabalho é encabeçado pela Defesa Civil Estadual, que conta com apoio do Naturatins, Exército Brasileiro (22º Batalhão de Infantaria), Marinha do Brasil, Batalhão da Polícia Militar Ambiental, Ministério Público Estadual, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Fundação Municipal de Meio Ambiente, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Guarda Metropolitana de Palmas.

Ao se reunirem em Taquaruçu, cerca de 30km de Palmas, os órgãos ambientais estabeleceram as equipes e as estratégias de ação no perímetro, que abrange propriedades entre os municípios de Lajeado, Palmas, Porto Nacional e Aparecida do Rio Negro.

“As rotas que estamos percorrendo passam por locais que, historicamente, já têm uma quantidade grande de registro de focos de incêndios. São áreas muito extensas, mas se houver a necessidade de as equipes irem para outras extensões, elas serão direcionadas imediatamente”, afirmou o tenente-coronel Erisvaldo Alves, coordenador-adjunto da Defesa Civil Estadual.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), revelam que, em setembro, 3.408 focos de calor já foram registrados no Tocantins. O órgão ainda aponta o estado na quinta colocação entre os que mais queimam no país, com 8.601 focos ao longo deste ano.

Um levantamento feito pela Defesa Civil Estadual, destaca que o Corpo de Bombeiros Militar já registrou 1.308 ocorrências de incêndio em todo o estado este ano. O volume chega a 7,39% a mais que no mesmo período do ano passado (1.218).

O Instituto Natureza do Tocantins, um dos principais responsáveis pelas ações de fiscalização ambiental, afirmou que diariamente suas equipes estão em campo executando sua missão, e percebeu que, de Taquaruçu a Lajeado, as queimadas se intensificaram nos últimos dias. “Se necessário for, nós vamos prender quem for flagrado colocando fogo. A gente está mostrando nossas forças, inclusive com apoio do Exército e Marinha do Brasil”, afirmou Sebastião Albuquerque Cordeiro, presidente do Naturatins.

Cicatriz do fogo

Com base numa Portaria recomendada pelo Ministério Público Estadual, o Naturatins está notificando proprietários rurais onde foram identificadas a chamada cicatriz do fogo, ou seja, lugares onde existiram as queimadas ano passado. Segundo o presidente do Instituto, cerca de três mil chácaras, sítios e fazendas já estão sendo alertados.

“Essas áreas queimaram nos últimos três anos e se elas queimarem novamente em 2020, possivelmente, em 2021, sofrerão sansões administrativas. Olhem com maior cuidado e sejam vigilantes”, alertou Albuquerque.

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