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Avó pode ser responsabilizada por morte de criança em assentamento, diz polícia

(Foto: Divulgação)

A Polícia Civil começou a investigar nesta segunda-feira (16) o desaparecimento do menino Enzo Gabriel, de 1 ano e 4 meses. Partes do corpo de uma criança foram encontradas em um assentamento de Filadélfia, norte do Tocantins, e parentes acreditam que seja o menino. Segundo o delegado responsável pelas investigações, caso a suspeita seja confirmada, a avó da criança pode ser responsabilizada.

O menino foi visto pela última vez brincando próximo a um riacho em um assentamento de Filadélfia, norte do Tocantins. Segundo a mãe das crianças, ele e os irmãos de 4 e 7 anos estavam passando alguns dias com a avó.

Parentes e testemunhas devem ser intimadas para prestar depoimento. “Possivelmente as crianças foram sozinhas, saíram da vigia da avó e foram até o córrego tomar banho. Isso aí possivelmente pode vir a ser instaurado um procedimento contra a avó, que tinha posição de garantir a segurança da criança naquele momento”, disse o delegado Luís Eduardo Amaral Freitas.

O corpo do bebê foi encontrado quatro dias após o desaparecimento. Durante as buscas, uma das primeiras hipóteses levantadas foi de que o menino teria sido atacado por um animal silvestre. Porém, a Polícia Civil também investiga outras possibilidades.

“Está sendo investigado todas as linhas e com a elaboração do laudo pericial e do laudo do instituto médico, a gente vai poder ter uma ideia melhor e poder excluir algumas possibilidades e fixar uma determinada hipótese”, afirmou o delegado.

O caso também está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar de Filadélfia. “Estamos preparando um relatório para encaminhar ao Ministério Público para que seja averiguada a denúncia registrada”, disse a conselheira Daiane Vieira Ramos.

A identidade do corpo será confirmada após o laudo pericial, que deve ficar pronto em 15 dias.

Corpo encontrado

Parte do corpo de uma criança encontrada num assentamento em Filadélfia, região norte do Tocantins, foi velada neste domingo (15). O pai do bebê, Luciano Soares, foi um dos primeiros a encontrar o cadáver após sentir um mau cheiro, segundo ele.

Parentes e amigos da família fizeram buscas por quatro dias. “Fui por dentro da água, quando chegou a três ou quatro metros, eu subi na ribanceira e senti um mau cheiro. Olhei para cima, enxerguei os abutres por cima da árvore, quando eu olho já tinham dois rapazes junto ao corpo. Eles falaram: ‘Vem aqui’. Quando olhei para a água, enxerguei meu filho”, relatou o pai.

(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Entenda

O menino foi visto pela última vez brincando em uma areia próximo a um riacho. Segundo a mãe Kaline dos Santos Vale, o ele e os irmãos, de 4 e 7 anos, tinham ido passar uns dias com a avó que mora em um assentamento. Eles saíram para brincar, como de costume, foi quando o bebê sumiu.

“Quando chegou lá meu filho começou a brincar em uma areia. Os outros foram tomar banho. Ele ficou brincando sozinho, aí pegaram ele”, disse.

Os Bombeiros chegaram a fazer buscas no local, mas encerraram as atividades na quarta-feira (11). Segundo a família, as crianças são acostumadas a brincar no local, que fica a 300 metros da casa.

O irmão mais velho contou detalhes do que aconteceu, o que levantou a suspeita de que a criança tenha sido raptada. “Ele falou que tinha visto uma mulher e um homem pegando a criança e levando num cavalo amarelado”, contou a mãe.

O corpo foi encontrado no último sábado (14) no mesmo riacho onde as crianças brincavam.

Fonte: G1 Tocantins

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