Ícone do site Gazeta do Cerrado

Baixa cobertura vacinal leva Capital a estender prazo para imunização

A baixa cobertura vacinal na Capital de alguns grupos prioritários, especialmente gestantes, crianças e puérperas levou Palmas a manter a campanha até o dia 20 de julho. A vacinação terminaria oficialmente nesta terça-feira, 30, em todo o Brasil.

Os profissionais das unidades de saúde onde funcionam as 32 salas de vacinas de Palmas já estão cientes da prorrogação. Eles iniciarão busca ativa dos grupos que obtiveram baixo desempenho na campanha deste ano. “A busca ativa é uma estratégia em que os profissionais procuram a população, seja por contato telefônico ou com visitas nas residências. Isso é necessário para que as pessoas sejam sensibilizadas quanto à importância de se manterem protegidas”, afirma a enfermeira da Central Municipal de Imunização de Palmas (Cemuv), Juliana Araújo. 

A campanha continuará focada nos grupos prioritários e não há previsão de ser estendida para a população em geral. “A expectativa é que com essa prorrogação na Capital, os públicos-alvo atinjam as metas, e se ao final ainda tivermos estoques, é possível que as vacinas sejam disponibilizadas para outros grupos não prioritários”, explicou a enfermeira. 

De acordo com Cemuv, alguns segmentos da população atingiram e superaram as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde (MS). Até o momento, 16.603 (156,96%) idosos foram imunizados, 9.907 (106,94%) dos profissionais de saúde e 861 (142,55%) pessoas privadas de liberdade receberam as doses. 

Já entre as puérperas (que se recuperam do parto), apenas 277 mulheres se vacinaram, o que representa 46,2% do percentual preconizado pelo Ministério. No grupo das gestantes, 2.241 foram imunizadas, mas ainda estão distante da meta, tendo sido alcançados 61,55%. Entre as crianças, o grupo abaixo da meta são as de cinco anos de idade, sendo que foram vacinadas apenas 1.818 (44,58%). 

Ainda conforme informações da Cemuv, somente 4.431 (72,21%) da população entre 55 a 59 anos receberam o imunizante. Já as crianças de seis meses até menores de dois anos,  4.569 (62,74%) e as crianças de dois a quatro anos somam 6.291 (50,16%). As pessoas com comorbidade, 9.828 (75,21%) buscaram a vacina e 2.657 (64,6%) dos professores também se protegeram da doença. Para os demais grupos não há meta estabelecida por terem sido recentemente inseridos na campanha ou por não haver estimativa da população por município.

 “É importantíssimo a vacinação dos grupos prioritários porque eles são baseados em dados epidemiológicos, tendo sido escolhidos devido ao maior risco de desenvolverem complicações e óbito pela doença”, ressalta ela, acrescentando que, com a pandemia de Covid-19, muitas pessoas estão com receio de procurar  a unidade de saúde, por medo de contaminação. “No entanto, lembramos que  os profissionais e as salas de vacina estão seguindo todas as medidas de distanciamento social, uso equipamentos de proteção individual (EPIs) e o álcool gel está disponível para a higienização da mãos, tornando os atendimentos seguros”, finaliza a enfermeira.

Sair da versão mobile