Ícone do site Gazeta do Cerrado

Banco de Leite do Tocantins já coletou mais de 32 mil litros do alimento desde sua criação

A pequena Pétala Pereira Jardim, de quatro meses mama em livre demanda - Foto: Lu Machado

O leite materno é um alimento fundamental para a alimentação dos bebês, sendo orientado a amamentação até 2 anos ou mais, sem limite definido. Porém, por fatores diversos, muitas mães não conseguem amamentar. Neste contexto, a doação de leite materno é essencial para salvar vários bebês. Nesta quinta-feira, 19, é celebrado o Dia Mundial de Doação de Leite Humano, data que chama atenção para a importância deste ato de amor.

A coordenadora do Banco de Leite Humano do Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), Walkíria Pinheiro, conta que “no dia 19 faremos a divulgação da data no hospital e estaremos o dia inteiro no fórum Internacional da Rede Brasileira de Bancos de Leite humano”, afirmou acrescentando que “esse mês é muito importante para os bancos de leite do Estado e para toda a rede brasileira de banco de leites, pois é um mês em que a gente busca sensibilizar ainda mais a sociedade sobre a importância da amamentação e doação do leite materno”.

Ainda segundo a coordenadora “o leite doado ajuda a salvar vidas de muitos bebês internados, e a gente conta com a solidariedade dessas mães que estão amamentando, que percebem que depois que sobra leite no peito, que essa sobra pode doar e ajudar a salvar vidas desses bebês, então, nosso sentimento é de muita gratidão a essas mães que tiram um tempinho para retirar esse leite e doar”, finaliza.

A mamãe Cintia Lorrane Pereira da Silva é doadora de leite há dois meses e conta que “doar leite materno para mim vai muito além de esvaziar meus seios, é alimentar um recém-nascido com o melhor e mais completo alimento que existe. Por algum motivo a mãezinha desse bebê não pode alimentar, e eu sendo doadora, me sinto realizada, é um alívio e uma alegria poder estar contribuindo para o desenvolvimento de uma criança, fico extremamente feliz”.

A mamãe da pequena Pétala Pereira Jardim de quatro meses complementa que “para quem pensa que eu sendo doadora falta leite para minha bebê, não falta, pois minha bebê é saudável, gordinha, e mama em livre demanda. Ser doadora salva vidas, e eu conheço duas pessoas que têm um relato bem sofrido, e isso me encoraja a cada dia ser doadora”, relata.

Outra mamãe que também é doadora é a jovem Sunamita Moura dos Santos, mãe da pequena Maisa, que nasceu com 26 semanas e está internada no HMDR, há um mês. “Nós que somos mães de prematuros, não temos a mesma capacidade de gerar a quantidade de leite que outras mulheres, por mais que a gente ordenhe, não conseguimos tirar a quantidade certa, então, por isso é importante que outras mães doem. A doação não ajuda apenas a minha bebê, mas vários que precisam do leite para sobreviver”, relata.

Coletas de leite

De 2006 a 2022, a produção da rede estadual de bancos de leite humano e postos de coleta do Tocantins foi significativa, sendo 158.044 atendimentos em grupo, 466.329 atendimentos individuais, 55.466 visitas domiciliares, 32.692 doadoras, 25.726 receptores, 32.355 litros de leite coletado e 22.065 litros distribuídos.

Doação de leite no Tocantins

Conforme dados da RBLH estadual, em 2021 foram realizados 44.045 atendimentos, 3.776 visitas domiciliares, 2.637 doações, 2.095 bebês atendidos (receptores), 2.632 litros de leite humano coletado e 1.780 litros leite distribuídos.

Até março de 2022, já ocorreram 9.510 atendimentos, 948 visitas domiciliares, 719 doadoras, 532 bebês atendidos (receptores), 639 litros de leite humano coletado e 386 litros de leite distribuídos.

Sair da versão mobile