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Bebê com má formação precisa de cirurgia para sobreviver e aguarda transferência

A pequena Eloíse precisa de uma cirurgia para sobreviver — Foto: Reprodução/TV Globo

A pequena Eloíse, de apenas três meses, enfrenta uma batalha pela vida. Ela nasceu com atresia tricúspide, uma má formação que prejudica a circulação de sangue no coração. A recém-nascida precisa de uma cirurgia urgentemente. O problema é que no Tocantins não são feitas cirurgias cardíacas em bebês e agora ela aguarda que o governo realize uma transferência para outro estado

“Eu amo essa menininha demais. Eu óio [SIC] pra ela assim tão miudinha, fico com medo da bichinha não ficar boa”, diz a tia avó de Eloíse, Maria Pereira Cunha.

A menina não está sozinha. Vários pais que não têm condições de pagar pelos procedimentos na rede particular acabam tendo que lutar na Justiça para conseguir uma transferência. Segundo a Defensoria Pública do Estado, doze bebês já morreram em 2018 enquanto esperavam na fila.

Um deles foi João Miguel Bezerra, que morreu em janeiro. “Se ele tivesse ido fazer essa cirurgia, eu creio que ele taria vivo. A gente não esquece. Quem sabe essa dor só quem já perdeu um filho”, diz a mãe, Raquel Bezerra.

Por causa do grande número de casos, a Justiça determinou em maio que o Governo do Tocantins deveria contratar em até 30 dias hospitais de outros estados para garantir transferências imediatas em casos com o de Eloíse. A decisão ainda não foi cumprida.

“Se a gente tivesse o serviço aqui certamente o serviço seria mais eficiente… Evitando dessa forma essa demora. A demora no encaminhamento, a demora na informação pra família, que muitas vezes chega tarde demais, e essas crianças vêm a óbito”, comenta o defensor Arthur Luiz Pádua.

Em nota, o Governo do Tocantins, sem dar prazo, disse que trabalha para realizar as cirurgias no estado, incluindo a capitação de equipes e a compra de equipamentos.

Fonte: G1 Tocantins

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