Maria José Cotrim e Brener Nunes
O ex-secretário de Estado da Segurança Pública e promotor aposentado, César Simoni, falou com exclusividade com a Gazeta do Cerrado na tarde desta terça-feira, 10, sobre sua pré-candidatura ao governo do Estado pelo PSL, partido do presidenciável, deputado federal Jair Bolsonaro.
Ele começou contando como tomou a decisão de ser pré-candidato, já que nunca participou de uma disputa política. “ Tomei essa decisão no meio da estrada, de carro, tava indo à Brasília, quando eu tive notícia que o governador Marcelo tinha sido cassado, tava indo para uma reunião no Itamaraty, da secretaria. E naquele momento eu decidi, que não volto mais, independente se ele voltar. Comuniquei isso a ele posteriormente, e resolvi que eu vejo identidade entre a proposta do Bolsonaro e a minha proposta”, contou.
Simoni também falou um pouco sobre a defesa de faz ds liberação de armas de fogo para a população, postura vista como radical e polêmica. “Eu não vejo porque o cidadão do Brasil está desarmado e a bandidagem armada. Eu sempre disse que o nascedouro do crime era o filho sem criação, filho sem pai e sem mãe, e que não há compromisso…quando você faz um filho, e depois paga uma pensão de R$ 50, ninguém cria um filho com isso”, desabafou.
“Então, se você pegar cem meninos que foram criados pela família e cem que não foram, a grande maioria dos que não forma vão para o lado do crime. Nenhuma criança nasce bandido, toda criança é de Deus, mas o meio faz, a situação faz. Eu sempre falei isso no tribunal de júri. De que, nós tínhamos que estancar o nascedouro do crime, eu sou à favor do trabalho forçado porque quem faz o filho e não cria, tem que trabalhar até o filho ter alimentação, educação, escolaridade e saúde. Depois que ele cumprisse essas tarefas estavam terminados os trabalhos forçados”, complementou.
César também critica as propostas dos pré-candidatos ao governo, dizendo que o Tocantins é apenas uma mina de dinheiro a interesseiros. “E agora, quando eu olho este quadro que está aí, em que eu não vejo ninguém que esteja sem… aos candidatos, não estou falando pela pessoas de cada um, mas das propostas de cada um, que nós já conhecemos. Quero saber até quando nós vamos ficar nisso. Porque o Tocantins vai ser uma mina de céu aberto para os interesseiros vir aqui se encherem de dinheiro, e curtir por aí no exterior. Eu acho que, se você ficar na zona de conforto e a zona de conforto é boa, você nunca vai ocupar o lugar que os maus estão ocupando. Então, o que procuro é isso, sair da zona de conforto”, frisou.
Ele diz que entra para ajudar: “Eu posso ajudar o Estado, mas não fiz porque fiquei na zona de conforto. A minha decisão foi basicamente isso. Não sou político, nunca fui. É novidade para mim, como nunca tinha sido gestor antes de ir para a Secretaria e por quê fui para a SSP? porque eu fui vítima de sequestro, a minha família toda, fomos parar lá atrás do aeroporto, uma quadrilha de assalto a banco… só não morri porque não era meu dia de morrer, porque quando descobriram que era promotor criminal, eles ficaram o tempo todo ameaçando”, relembrou.
O ex-secretário afirmou ainda que Bolsonaro deve vir ao Tocantins em breve para lançar sua pré-candidatura. “Eu tive com o Bolsonaro em Brasília há algumas semanas atrás e conversamos sobre isso. Ele deve vir aqui. Vamos fazer um vídeo em que ele vai me apresentar para o Tocantins como candidato do partido”, revelou com exclusividade à Gazeta.