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Bovolato nega que MEC tenha rejeitado indicação para UFNT e diz que “pé atrás” seria de membros da bancada por causa de posts com críticas

Maju Cotrim

O reitor da UFT, Luiz Bovolato afirmou à Gazeta do Cerrado nesta quarta-feira, 9, que não há nenhuma resposta oficial do MEC sobre a indicação da professora Dra Kenia Ferreira para a reitoria da recém-criada UFNT.

O reitor disse que em reunião membros da bancada mostraram preocupação com posições políticas da professora e posts em redes sociais criticando algumas questões da atual gestão federal. “É uma posição da bancada em função de alguns posts que a Professora fez com críticas ao governo e que afetaria a indicação dela”, disse. Segundo ele, a bancada demonstrou preocupação com a repercussão dos posts da professora. “A nossa indicação foi técnica”, sustentou.

“Não há nenhuma posição oficial do MEC, não tivemos nada formal por parte do Ministério. Foi uma leitura política da bancada mas é prematuro dizer que ela não foi aceita”, disse.

O grupo que representa a Comissão de Criação da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) esteve em Brasília para uma reunião com parlamentares da bancada federal do Tocantins. Estavam presente a deputada Professora Dorinha (Democratas/TO), os deputados Vicentinho Júnior (PL/TO), Osires Damaso (PSC/TO) e Célio Moura (PT/TO) e o senador Eduardo Gomes MDB/TO).

No encontro os parlamentares reforçaram o apoio da bancada para a nomeação da professora Kênia Ferreira Rodrigues e do professor Nataniel Gonçalves para os cargos de reitora e vice-reitor pro tempore da UFNT. A indicação já foi formalizada junto ao MEC e após a homologação será dado início ao processo de transição.

Os nomeados ocuparão o cargo por um prazo de 180 dias, prorrogável pelo mesmo período, e terão a responsabilidade de conduzir a criação do estatuto da UFNT e a realização do primeiro processo eleitoral para os cargos de reitor e vice-reitor. Nessa etapa também serão trabalhada as propostas orçamentarias e a captação recursos junto ao Governo Federal para o início das atividades.

Célio Moura

Em entrevista à Gazeta o deputado federal Célio Moura também falou sobre o assunto. “Depois de ser indicada e apresentada à bancada ela foi vetada porque ela não votou em Bolsonaro e teria manifestado descontentamento com os cortes para as universidades. Ela foi vetada e o reitor terá que indicar um novo nome”, chegou a dizer.

Ele saiu na defesa do perfil dela para o cargo. “Ela que presidiu todos os trabalhos, já estava há muito tempo trabalhado neste projeto, é preparada e tem o respeito de toda comunidade acadêmica”, disee.

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